O espinafre está longe de ser um dos alimentos que mais atenção recebe nas cozinhas portuguesas, mas os especialistas recordam que este vegetal simples pode ter um impacto relevante na saúde após os 60 anos. Com folhas verde-escuras e uma textura suave, é um ingrediente barato que continua a ser subestimado. Contudo, reúne um conjunto de nutrientes que o tornam um verdadeiro alimento de ouro para reforçar ossos, pele e até funções cognitivas.
De acordo com a CUF, empresa na área de cuidados de saúde, o espinafre destaca-se sobretudo pela concentração de vitaminas, minerais e antioxidantes essenciais ao envelhecimento saudável.
As variedades mais comuns incluem o espinafre de folha lisa, geralmente usado para congelamento, o espinafre Savoy, de folhas crespas e mais escuras, e o espinafre Semi-Savoy, mais fácil de lavar e frequentemente vendido fresco. Apesar das diferenças, todas as versões partilham benefícios relevantes e que ganham importância com a idade, sobretudo em fases em que a pele, a memória e a massa óssea tendem a deteriorar-se.
Os efeitos mais marcantes do espinafre no organismo
Entre os seus benefícios, a prevenção do envelhecimento cutâneo é um dos aspetos mais estudados. Segundo a publicação da CUF, o espinafre é rico em vitaminas A e C, fundamentais para estimular a produção de colagénio e retardar o aparecimento de rugas. A presença de antioxidantes como luteína e zeaxantina ajuda ainda a proteger a pele dos efeitos acumulados da exposição solar, que se tornam mais evidentes com o avançar da idade.
O espinafre apoia igualmente a saúde óssea. De acordo com a mesma fonte, o vegetal fornece quantidades relevantes de vitamina K, indispensável para melhorar a absorção de cálcio e reduzir a sua excreção pela urina, contribuindo para ossos mais fortes numa fase da vida em que o risco de fragilidade aumenta.
Outro benefício assumido é a melhoria da função digestiva. A combinação de fibras e água facilita o trânsito intestinal e reduz o risco de obstipação, uma queixa frequente entre adultos mais velhos. Além disso, o espinafre ajuda a manter a saciedade e é baixo em calorias, podendo ser integrado facilmente em regimes de controlo de peso.
O impacto na memória após os 60 anos
O espinafre destaca-se ainda pelo efeito positivo no cérebro. A CUF sublinha que a presença de ácido fólico e vitamina K desempenha um papel direto na saúde cognitiva, ajudando a manter funções neurológicas essenciais, como a memória e a capacidade de processamento mental. A luteína, um dos antioxidantes mais presentes no vegetal, tem sido associada a maior velocidade de reação e melhor desempenho cognitivo em adultos mais velhos, segundo vários estudos referidos pela literatura científica internacional.
Este conjunto de nutrientes torna o espinafre particularmente relevante para uma fase da vida em que o declínio cognitivo pode tornar-se mais evidente, reforçando a necessidade de uma alimentação rica em micronutrientes protetores.
Um vegetal fácil de integrar no dia a dia
O espinafre é versátil e simples de preparar, podendo ser consumido cru em saladas, cozido em sopas, salteado, incorporado em pratos principais ou mesmo em sumos naturais. Para tirar partido do máximo de benefícios, a CUF recomenda um consumo regular de cerca de 90 gramas, cinco vezes por semana. Em termos práticos, corresponde a pouco mais de três colheres de sopa de espinafre cozido.
A sua acessibilidade é outra vantagem. Trata-se de um vegetal barato, disponível em qualquer supermercado e com diferentes formatos que permitem ajustar o consumo às preferências de cada pessoa.
Um aliado silencioso do envelhecimento saudável
Não sendo tão popular como a cenoura ou os brócolos, o espinafre surge como um vegetal discreto mas altamente nutritivo, com impacto direto na pele, nos ossos e no cérebro. A inclusão frequente deste vegetal na alimentação pode ajudar a compensar as necessidades especiais que surgem após os 60 anos, funcionando como uma ferramenta adicional para quem procura envelhecer com mais vitalidade.
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