Cerca de 27% dos SMS para agendamento enviados desde que a campanha de vacinação contra a covid-19 arrancou não tiveram resposta. Até ao momento, já foram enviadas perto de dois milhões de mensagens. A maioria (71%) respondeu que sim e apenas cerca de 2% responderam com não, segundo o último balanço da task force que coordena o plano de vacinação. A percentagem de SMS que ficam sem retorno tem vindo a diminuir à medida que vão sendo convocadas pessoas cada vez mais jovens.
Quando se trata do autoagendamento, disponível desde 23 de abril numa plataforma online, a percentagem de SMS que ficam sem resposta é substancialmente menor, sendo inferior a 5%, acrescenta a task force. Ao todo já se inscreveram mais de 530 mil pessoas.
Os cidadãos podem ser convocados, para além das mensagens enviadas por telemóvel, por telefone, pelos profissionais dos centros de saúde ou das autarquias ou até por militares que estão a colaborar nesta operação. As autarquias e juntas de freguesia criaram call centers ou têm equipas que vão a casa das pessoas quando não há outra maneira de as contactar. A task force tem, também, apelado às pessoas em idades mais avançadas que ainda não foram convocadas para pedirem ajuda nos postos da GNR e da PSP ou aos bombeiros.
Nesta fase da vacinação, as convocatórias por SMS aumentam e têm-se registado alguns problemas e percalços porque há agendas mistas – a local, a cargo dos centros de saúde, e a centralizada, que é da responsabilidade dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e que tende a basear-se cada vez mais no autoagendamento.
Segundo o jornal “Público”, esta incapacidade de ter uma única agenda acaba por se refletir. Na semana passada, de segunda-feira a domingo, cerca de um terço das pessoas previstas para vacinação nos oito centros instalados na cidade de Lisboa não compareceu, o que corresponde a perto de 13 mil pessoas que faltaram à chamada.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso