O acesso a restaurantes, casinos e festas de passagem de ano vai exigir a realização de um teste negativo à covid-19 com esta obrigatoriedade a abranger os dias 24, 25, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro.
A medida foi anunciada hoje pelo primeiro-ministro, António Costa, no final de no final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros que aprovou medidas adicionais para conter a propagação de contágios por covid-19.
“Para dias 24 e 25 deste mês, 30 e 31 de dezembro e 01 de janeiro passa a ser obrigatória realização e exibição de teste negativo para acesso a restaurantes, casinos e festas de passagens ano”, disse o primeiro-ministro.
O Governo decidiu hoje antecipar para o dia 25 de dezembro o período de contenção que inicialmente estava previsto começar apenas em 02 de janeiro.
É ainda passa a ser obrigatório um teste negativo para entrar em hotéis e estabelecimentos de alojamento local bem como no acesso a cerimónias familiares, como casamentos e batizados, e eventos empresariais.
Estão ainda proibidos ajuntamentos de mais de 10 pessoas bem como o consumo de álcool na via pública.
Bares e discotecas fecham a partir da meia-noite do dia de Natal (mas Governo promete apoios)
A quadra festiva ficou estragada para os empresários do setor da noite. O Governo decretou esta terça-feira o encerramento de discotecas e bares a partir da meia-noite do dia 25 de dezembro, antecipando assim o chamado período de contenção – que deveria começar a 2 de janeiro – para o dia de Natal.
A passagem de ano, encarada como uma peça importante na recuperação de um setor que ficou praticamente paralisado desde o início da pandemia, deixa de ser uma possibilidade de faturação para os bares e discotecas.
Contudo, o Governo promete apoios às empresas que terão de encerrar os seus estabelecimentos até 9 de janeiro, o fim do período de contenção.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros desta terça-feira, o primeiro-ministro, António Costa, aludindo a celebrações de Ano Novo previstas para outros espaços, disse que “já há um conjunto de iniciativas que estão contratadas, já há pagamentos, e o impacto seria brutal do ponto de vista da vida das famílias e do ponto de vista económico”.
A recomendação do Governo é “que não se participe”, mas que “participando”, apenas mediante a apresentação de um teste negativo, quer antigénio ou PCR, acrescentou.
“FATURA CADA VEZ MAIS ALTA”
Em declarações à SIC Notícias após a conferência de imprensa, José Gouveia, presidente da Associação Nacional de Discotecas, lamentou o cancelamento “em cima da hora” das celebrações de passagem de ano nos estabelecimentos noturnos, e disse que o foco está agora nos apoios prometidos pelo Governo às empresas, uma fatura “cada vez mais alta”.
“Mais uma vez em cima da hora é cancelada a passagem de ano das discotecas”, criticou José Gouveia, lamentando o anúncio do Governo a pouco mais de uma semana das celebrações. “Em reuniões com o Governo pedimos que isso não acontecesse”, acrescentou.
O presidente da Associação lamentou ainda o “investimento de milhares de euros que agora cai por terra” feito na instalação de centros de testagem à porta de estabelecimentos noturnos, que implicaram aquisição de material e contratação de profissionais de saúde.
“A indústria da noite sobrepôs-se ao Governo em matéria de testagem”, já que o Executivo “não criou condições para que as pessoas se pudessem testar”, disse.
O foco está nos apoios prometidos pelo Governo para compensar a faturação perdida. “Queremos discutir em matéria de apoios e saber como é que esta fatura vai ser paga que está cada vez mais alta”, concluiu.
– Notícia do Expresso, jornal parceiro do POSTAL