A Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT) propôs hoje ao Governo a criação de uma linha informativa de apoio permanente aos turistas, por considerar que as novas medidas agudizaram “clima de confusão” no setor.
“Com vista a uma comunicação mais eficaz, a APHORT propõe a criação de uma linha informativa de apoio permanente aos turistas, que lhes permita esclarecer todas as dúvidas e saber, com antecedência e de forma inequívoca, quais os procedimentos a cumprir e os comportamentos a adotar em diferentes contextos”, defendeu a associação, em comunicado.
A proposta da APHORT surge no seguimento do anúncio de novas medidas para o setor, no âmbito da pandemia, como a exigência da apresentação de certificado digital de vacinação, ou a apresentação de um teste negativo para a presença de coronavírus nos estabelecimentos hoteleiros e de alojamento local.
“Considerando que o anúncio das mais recentes medidas para a hotelaria e restauração veio agudizar o clima de dúvida e confusão instalado no setor, a APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo exige ao Governo uma maior clareza de pensamento e de discurso”, referiu a associação.
A linha de apoio ao turista poderá contribuir, na opinião da APHORT, para um “clima de maior esclarecimento”, bem como para “uma maior agilização das operações levadas a cabo pelos profissionais do setor no decorrer da sua atividade diária”.
Aquela linha deve ser da responsabilidade do Turismo de Portugal, entende a associação, uma vez que “deve procurar estar mais próximo do setor e auscultar as necessidades que surgem no terreno”.
“Através da sua rede internacional de delegações e embaixadas, este organismo poderá dar essa ajuda, intervindo junto dos turistas nacionais e estrangeiros”, argumentou.
A associação reiterou ainda a disponibilidade do setor para se adaptar às medidas de segurança necessárias, mas reconheceu não estar “a ser fácil acompanhar as vontades do executivo que, todas as semanas, vem mudar as regras do jogo”.
A APHORT apelou também ao Governo para a necessidade de se fazer um levantamento dos custos associados a todo o processo de implementação de medidas de segurança, “não só para que as empresas envolvidas possam ser apoiadas, mas também para se perceber a viabilidade da aplicação de medidas idênticas a outros setores de atividade”.