Depois de ter iniciado o despiste precoce da infeção pelo novo coronavírus com a utilização de testes de antigénio de leitura rápida, a Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) vai agora acelerar o diagnóstico das pneumonias típicas da covid-19, uma das complicações graves e mortais da doença. A partir da próxima semana, terá disponível equipamento inovador de raios-X com inteligência artificial que permite a identificação imediata das lesões respiratórias.
Os aparelhos são “ultraportáteis, pesam 3,5 quilogramas, e funcionam com um programa informativo, desenhado pela FUJIFILM, para leitura remota dos raios-X através de software de inteligência artificial de última geração”, explicam os responsáveis. O equipamento vai fazer parte da Unidade Madame Curie – agora criada no quadro da Coordenação Nacional de Emergência e com a coordenação científica do radiologista e professor jubilado da Faculdade de Medicina de Lisboa Luís Aires de Sousa e pelo professor e físico Luís Janeiro – equipada, na fase inicial, com três raios-X.
O presidente da CVP, Francisco George, adianta que o primeiro raios-X será entregue já próxima semana. “O primeiro será utilizado no Hospital Militar de Coimbra, em funcionamento como retaguarda com voluntários da Cruz Vermelha desde 25 de janeiro com 32 camas para doentes do Serviço Nacional de Saíde e que será expandido até 60, o segundo em Aveiro, em fase de programação avançada e que poderá receber doentes na semana seguinte, e um outro nos lares acompanhados pela CVP”, acrescenta.
“A utilização destes equipamentos é uma revolução no tratamento dos doentes covid porque permite o diagnóstico imediato de uma das complicações mais graves e que levam à morte dos doentes”, garante Francisco George, antigo diretor-geral da Saúde. Com um custo unitário entre 50 mil e 60 mil euros, os dispositivos foram comprados através de mecenato.O presidente da CVP avança que os filantropos são portugueses e serão conhecidos na próxima semana.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso