Já foi entregue na Assembleia da República e ao primeiro-ministro uma nova petição apelando ao prolongamento do confinamento geral por três semanas, mantendo apenas os serviços essenciais, devido à situação de rutura que o Sistema Nacional de Saúde está a enfrentar, com o agravamento da covid-19 no país.
Tendo já reunido mais de 15 mil assinaturas, a petição assume-se “humanista e apartidária”, visando “unir a sociedade civil, independentemente de cores, raça, credo, género ou outras diferenças, a pressionar o governo vigente de modo a intensificar as medidas de contenção da pandemia nesta fase, para o benefício de todos”.
“Estamos na pior situação de sempre desde que a pandemia começou” e “todas as previsões apontam para uma subida dramática de infeções e hospitalizações nas próximas semanas”, é enfatizado na petição, que também destaca que “os profissionais de saúde encontram-se exaustos e os serviços à beira da rutura a vários níveis”.
É destacada a “subida alarmante dos contágios pós-Natal”, exigindo-se “um programa de contenção da pandemia verdadeiramente eficiente” – constatando-se que “multiplicam-se as discussões infindas sobre incumprimento de responsabilidades da população e abuso de liberdades individuais enquanto ao nível governamental se procede a decisões como manter escolas e igrejas abertas, facilitando e propiciando os focos de infeção em contexto público”.
A petição apela assim ao fecho de escolas, igrejas e de todos os serviços não essenciais, por um período de tempo mais prolongado. “Precisamos de fazer algo mais pelo coletivo que somos, pelos profissionais de saúde e pela seriedade do que a propagação do vírus provoca – novas estirpes, multiplicação de casos”, é o apelo geral da petição, advertindo-se para o risco de “termos mais e mais profissionais de saúde a atingir o burnout e a trabalhar acima do limite das suas possibilidades, colocando-nos a todos, população e profissionais de saúde, em perigo acrescido e a situação da pandemia a agudizar-se de forma cada vez mais difícil de reverter”.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso
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