A médica interna Diana Carvalho Pereira, que denunciou 11 casos de alegados erros médicos e negligência no Hospital de Faro, revelou esta quarta-feira, no seu Instagram pessoal, uma resposta ao diretor clínico, que afirmou que em dois ou três casos reportados pela médica não tinha encontrado nada que seja de “flagrante má prática”.
A médica que tinha começado o internato há apenas três meses, acusa o ex-orientador e o diretor clínico de más práticas que terão causado a morte a três doentes e lesões em vários outros no serviço de cirurgia do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA).
O diretor clínico, Horácio Guerreiro, tinha revelado que em “dois ou três casos reportados pela médica, não encontrou na análise que fez, nada que seja de flagrante má prática. No entanto, não quero com isto antecipar-me ao instrutor, à Ordem dos Médicos, nem a outras entidades que têm a seu cargo o apuramento das denuncias”.
A médica por seu turno respondeu “vamos ver se os tribunais acham o mesmo” frisando que no seu entendimento, houve sim, má prática, nos casos reportados por si.
Diana, foi entretanto, afastada do serviço, revelou o diretor do serviço de cirurgia. A médica pediu a suspensão da formação, até que lhe seja nomeado um novo orientador de internato.
Há um inquérito aberto pelo MP, outro pelo hospital e o caso já se encontra também nas mãos da Entidade Reguladora da Saúde (ERS).