Mais de dois terços do país estão num nível de risco extremamente elevado, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS) relativos ao período entre 5 e 18 de janeiro. São agora 215 os concelhos nesse nível de risco máximo de infeção com covid-19, mais do que os 155 que estavam nessa situação na semana passada.
Para ter um nível de risco extremamente elevado de infeção é preciso ter mais de 960 novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas. Só que neste momento há mesmo 55 municípios no país que têm o dobro desse número de novas infeções, ou seja, mais de 1920 por 100 mil habitantes. E contam-se cinco concelhos com uma incidência quatro vezes acima desse patamar (mais de 3840 novos casos).
Os municípios com pior situação estão sobretudo nas regiões do Centro e do Alentejo. Aguiar da Beira (6255), no distrito da Guarda, e Cuba (6224), no distrito de Beja, estão no topo da lista com mais de seis mil novos casos por 100 mil habitantes entre 5 e 18 de janeiro.
Além destes dois concelhos, há outros 12 municípios que estão com mais de três mil novas infeções por 100 mil habitantes:
► Figueira de Castelo Rodrigo
► Alter do Chão
► Fornos de Algodres
► Penalva do Castelo
► Borba
► Góis
► Ferreira do Zêzere
► Alcácer do Sal
► Sernancelhe
► Pampilhosa da Serra
► Vila Nova de Poiares
► Vouzela
Também Castelo de Vide (1473), no distrito de Portalegre, Manteigas (1197), no distrito da Guarda, Alfândega da Fé (2308), em Bragança, e Penedono (2161), em Viseu, viram a sua incidência mais do que triplicar. Há 15 municípios onde a incidência mais do que duplicou, quando se comparam os dados da DGS divulgados na semana passada e nesta segunda-feira. Arronches, no distrito de Portalegre, tem seis vezes mais infeções: passou de 319 para 1950 novos casos por 100 mil habitantes.
Numa altura em que Portugal chega a ter 15 mil novos casos por dia, a situação é grave em todo o país. O país tem agora uma incidência que ultrapassa as 1500 novas infeções por 100 mil habitantes a 14 dias e integra claramente o novo e mais elevado grau de risco criado pela Comissão Europeia. Identificado com a cor vermelho-escuro, este novo patamar europeu visa distinguir os países com uma taxa de novos casos acima dos 500 por 100 mil. Portugal tem três vezes mais do que isso neste momento.
A nível dos concelhos, contam-se apenas 42 com menos de 480 novos casos por 100 mil habitantes, abrangendo os dois níveis de risco mais baixos. Os Açores surgem nos lugares da lista com menor incidência, abaixo dos 240 novos casos, juntando-se apenas dois concelhos no Continente: Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança, e Monchique, no Algarve.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso
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