O Governo português “está a acionar todos os mecanismos de que dispõe, designadamente no quadro internacional, para garantir que presta a melhor assistência aos utentes”.
A revelação foi feita na noite desta segunda-feira pela ministra da Saúde à RTP. Marta Temido afirmou que os pedidos de auxílio no combate à pandemia e nos cuidados a prestar aos doentes de covid-19 incluem “ajuda europeia”, bem como a possibilidade de “enviar doentes” para outros países, perante a pressão a que o sistema de saúde nacional tem estado sujeito com o agravamento da pandemia em Portugal durante as semanas mais recentes.
Sobre a hipótese do envio de doentes internados em unidades de saúde portuguesas para o estrangeiro, Marta Temido disse que esta situação está a ser aplicada nalguns países e era já uma prática que se verificava antes da eclosão da pandemia de covid-19, sobretudo entre nações do centro da Europa.
“Estamos num extremo de uma península e, portanto, com maiores constrangimentos geográficos, mas de qualquer forma, há mecanismos e há formas de obter auxílio e de enquadrar formas de colaboração e, naturalmente, que as estamos a equacionar”, acrescentou a ministra da Saúde, que qualificou a situação em toda a Europa como “preocupante”.
Marta Temido sublinhou que há, atualmente, 5600 pessoas internadas com covid-19 e que 760 se encontram em unidades de cuidados intensivos. Perante esta pressão sobre as unidades hospitalares, a ministra da Saúde disse existirem camas disponíveis, mas que a gestão dos recursos humanos disponíveis é um aspecto difícil.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso
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