Se o nosso sistema imunitário atacar as células produtoras de insulina no pâncreas, podemos desenvolver diabetes do tipo 1.
Se por outro lado atacar a glândula da tireóide, podemos desenvolver hipotireoidismo.
Mas na doença auto-imune lúpus, o nosso sistema imunitário ataca o próprio núcleo das células, muitas vezes produzindo e atacando o próprio ADN.
Assim, o lúpus pode danificar qualquer órgão e resultar em quase qualquer complicação.
As mulheres são nove vezes mais propensas a desenvolvê-lo e a idade do pico é muitas vezes no auge da vida.
Uma das manifestações mais comuns de ameaça aos órgãos é a inflamação dos rins que ocorre em cerca de metade dos pacientes.
A inflamação do rim é também um dos efeitos mais graves do lúpus, causado pela doença em si ou como resultado da intensa toxicidade das d r o g a s imunossupressoras. Por exemp l o , a s drogas de quimioterapia, endoxan ou cytoxan (ciclofosfamida), que podem ter efeitos colaterais de grande risco incluindo leucemia e cancro da bexiga.
A necessidade de melhores tratamentos
Como tal, há uma necessidade desesperada de melhores tratamento. Felizmente, existem alguns complementos.
A suplementação oral de curcuma diminui a proteinúria, hematúria e a pressão arterial sistólica (as principais manifestações clínicas) em pacientes que sofrem de recidiva (nefrite lúpica intratável) de acordo com um estudo randomizado e duplo-cego controlado por placebo.
No grupo de controle, três pessoas ficaram melhores, três pioraram e o resto permaneceu sem alterações.
No grupo da curcuma, uma piorou, uma ficou igual, mas todos os outros melhoraram.
Reparem que o estudo foi realizado usando o açafrão, ou seja, a especiaria por completo e não a curcumina, que é o principal ativo extraído e dados muitas vezes em forma de comprimido.
Estas mulheres estavam com uma crise de lúpus descontrolada e apenas lhes deram a tomar cerca de 1/4 de colher de chá de açafrão a cada refeição durante três meses.
(Artigo publicado na edição online do Caderno Semear Saúde)