A variante inglesa mais contagiosa do novo coronavírus também parece estar ligada a uma mortalidade mais elevada, disse ontem o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.
“Agora também parece que há sinais de que a nova variante, aquela que foi identificada pela primeira vez em Londres, e no sudeste (de Inglaterra), pode estar ligada a um grau mais alto de mortalidade “, avançou, durante uma conferência de imprensa na residência oficial em Downing Street.
O principal assessor científico do Governo, Patrick Vallance, disse que a informação “ainda não é conclusiva”, mas existem sinais de que a nova variante cause a morte de 1,3%-1,4% dos infetados com cerca de 60 anos, contra uma média de 1% da variante anterior, sendo o agravamento semelhante nos outros grupos etários.
“Ainda existe muita incerteza sobre estes números e precisamos de mais trabalho para torná-los mais precisos, mas existe uma preocupação que exista um aumento na mortalidade bem como na transmissão”, acrescentou.
Por outro lado, vincou que as vacinas atuais a ser administradas no país, a Pfizer/BioNTech e Oxford/AstraZeneca serão eficazes contra esta variante, identificada no sul de Inglaterra em dezembro.
Das três variantes mais recentes do SARS-CoV-2 que causam preocupação às autoridades britânicas, identificadas respetivamente em Inglaterra, África do Sul e Brasil, a inglesa é aquela predominante no Reino Unido, estimando-se que seja entre 30 e 70% mais contagiosa.
O Reino Unido registou 1.401 mortes devido ao vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, superior às 1.290 mortes notificadas ontem.
Entre 16 e 22 de janeiro de 2021, foram registadas 8.686 mortes, o que equivale a uma média diária de 1.241 e a um aumento de 16,4% em relação aos sete dias anteriores.
No total, desde o início da pandemia covid-19, o Reino Unido contabilizou 95.981 mortes confirmadas da doença.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.092.736 mortos resultantes de mais de 97,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.