As conclusões de um estudo publicado na semana passada pelo CDC, autoridade de saúde pública nos EUA, são claras: as pessoas que usam sempre máscara FFP2 (também designada por KN95) em espaços fechados apresentam menos 83% de probabilidade de infeção.
Trata-se de um grau de proteção bastante superior ao das outras máscaras: o uso de máscara cirúrgica reduz em 66% a probabilidade de contração do vírus e as máscaras de pano apenas em 56%.
A pesquisa foi feita entre fevereiro e dezembro de 2021, na Califórnia. O CDC sublinha que o ajuste adequado da máscara à cara e o conforto, que permita o uso continuado, são aspetos fundamentais.
O estudo selecionou de forma aleatória residentes da Califórnia, sem restrições de idade, que tivessem recebido o resultado de um teste à covid-19 entre 18 de fevereiro a 1 de dezembro do ano passado. No total houve 1528 participantes com teste positivo e 1511 de controlo (testes negativos), com uma taxa de resposta de 13,4% e 8,9% respetivamente.
O trabalho analisou os hábitos de uso de máscara destas pessoas, nas duas semanas anteriores ao teste que realizaram. O estado de vacinação, o número de deslocações a locais públicos e o tipo de máscara usado foram registados. Houve 534 pessoas que afirmaram usar sempre máscara em locais públicos, o que permitiu calcular o valor de proteção adicional face a quem não a usava e de acordo com o tipo de proteção utilizado.
“Estas conclusões são coerentes com estudos já realizados, que demonstram que as máscaras filtram os vírus de forma eficaz em laboratório”, sublinha o CDC.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL