Portugal ultrapassou hoje todos os recordes desde o início da pandemia covid-19 com o registo de 40 mortos, 4.656 infetados e 1.927 doentes internados, 275 dos quais em cuidados intensivos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, Portugal, que regista hoje o número mais elevado de novos casos desde março, início da pandemia, contabiliza 137.272 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus e 2.468 óbitos.
Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir desde há mais de uma semana, sendo agora de 1.927 pessoas, mais 93 do que na quinta-feira, das quais 275 (mais seis) estão em Unidades de Cuidados Intensivos.
Das 40 mortes registadas, 19 ocorreram na região Norte, 13 em Lisboa e Vale do Tejo, três na região Centro, três no Alentejo e dois no Algarve.
Até hoje o dia 03 de abril com o registo de 37 vítimas mortais tinha sido o momento com maior número diário de óbitos desde o início da pandemia.
Relativamente às novas infeções o valor de hoje é também o mais elevado de sempre, tendo o número de infeções diárias registado um crescimento exponencial nas últimas semanas.
A 08 de outubro o país ultrapassou a barreira das 1.000 infeções diárias, atingindo 1.278 casos, um valor apenas registado a 10 de abril quando foram notificados 1.516 novos casos.
Desde 08 de outubro os números foram sempre em crescendo, ultrapassando pela primeira vez as duas mil infeções a 14 de outubro com o registo de 2.072 casos.
A barreira dos três mil casos diários foi ultrapassada a 22 de outubro com a notificação de 3.270 novas infeções.
No que respeita aos internamentos, no início da pandemia Portugal registou um máximo em abril com 1.302 pessoas internadas, valor superado em 22 de outubro, com a existência de 1.365 casos de internamento tendo hoje chegado aos 1.927.
No que respeita aos cuidados intensivos o boletim de hoje revela que 275 pessoas estão nestas unidades ultrapassando o valor máximo de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos registado em 07 de abril, dia em que 271 pessoas estavam nestas unidades com covid-19.
As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 65.305 pessoas, mais 879 pessoas nas últimas 24 horas.
A DGS revela ainda que estão ativos 57.355 casos, mais 2.869.
Nas últimas 24 horas foram dados como recuperados 1.747 casos, totalizando 77.449.
Taxa de crescimento dos novos casos em 24 horas é de 3,51%, a mais alta desde que a 16 de abril se registou um crescimento de 4,15% (então devido a mais 750 infetados no boletim)
Expresso
A região Norte continua a registar o maior número de novas infeções diárias, hoje com mais 2.831 casos, totalizando 61.427, e 1.088 mortos, dos quais 19 nas últimas 24 horas, desde o início da pandemia em março.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 1.357 novos casos de infeção, contabilizando a região 57.937 casos e 980 mortes, das quais 13 nas últimas 24 horas.
Na região Centro registaram-se 334 novos casos, contabilizando 11.735 e 312 mortos.
No Alentejo foram registados 65 novos casos de infeção, totalizando 2.673 com um total de 46 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 57 casos de infeção, somando 2.699 casos e 27 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados mais oito casos nas últimas 24 horas, somando 366 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou quatro novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 435 infeções, sem registo de óbitos por covid-19 até hoje.
Há mais 93 camas ocupadas nos hospitais do país, elevando o total para 1927 hospitalizados, o valor mais alto desde o início da pandemia
Expresso
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções.
No total, o novo coronavírus já afetou em Portugal pelo menos 62.338 homens e 74.934 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 1.264 eram homens e 1.204 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 44,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Às segundas-feiras o boletim divulga o número de casos por concelhos, sendo o de Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (9.202), seguido de Sintra (7.454), Loures (4.641) e Amadora (3.722).
O concelho do Porto regista 3.508 infeções por SARS-CoV-2, Vila Nova de Gaia 3.246, Cascais com 3.054, Odivelas 2.888, Oeiras 2.334, Matosinhos 2.426, Vila Franca de Xira 2.185, Guimarães 2.168 e Braga com 2.049, precisa o relatório da situação epidemiológica.
Em Almada foram detetados 1.928 casos, em Paços de Ferreira 1.845, Seixal 1.782, Gondomar 1.740, Maia 1.648, Valongo 1.352, Lousada 1.253 e Paredes com 1.032
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Todos os concelhos algarvios têm casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 2242 (DGS apresenta hoje 2.699), com 28 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 27).
À data de domingo, dia 18, a região do Algarve apresentava 796 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1420 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 159 (20% do total),
LOULÉ com 110 (14%),
LAGOS e PORTIMÃO com 93 cada (12%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são apenas dois: Aljezur e Monchique com 2 casos ativos cada.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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BE afasta para já estado de emergência e defende requisição civil na saúde
A coordenadora do BE afastou para já a necessidade de um novo estado de emergência e defendeu que o Governo utilize toda a capacidade instalada na saúde, se necessário recorrendo à requisição civil dos setores privado e social.
“Lembro que o estado de emergência é uma medida de última linha, que tem uma vigência de 15 dias e que esta pandemia vai demorar longos meses. É desejável e possível encontrarmos outros mecanismos para tomar medidas que possam proteger a população”, defendeu Catarina Martins, no final de uma reunião de perto de uma hora com o primeiro-ministro, António Costa.
Em alternativa, a líder do BE defendeu que toda “a capacidade instalada da saúde” deve ser colocada na alçada do Ministério da Saúde, “privada e social, tanto na resposta à covid como não covid” e manifestou-se disponível para outras medidas que tenham de ser aprovadas pela Assembleia da República.
Questionada se o Governo deveria avançar já com uma requisição civil, a líder bloquista defendeu que a Lei de bases da Saúde, anterior e atual, “já prevê que em situação de pandemia seja utilizado” este instrumento, que permite um pagamento “justo” do serviço.
Sobre as medidas que serão anunciadas no sábado pelo Governo, Catarina Martins apenas disse que têm dois objetivos, que considerou “comuns a todos”.
“Por um lado, preservarmos a resposta da saúde numa pandemia ainda prolongada durante meses. Têm de ser as medidas possíveis e eficazes durante um período prolongado”, defendeu.
Por outro lado, Catarina Martins adiantou que o Governo tem um objetivo de mais curto prazo e que “tem razão de ser”: “Conseguir controlar estes números a tempo de as famílias terem os seus encontros de Natal em maior segurança”, explicou, sem detalhar mais.
Catarina Martins foi a segunda líder partidária a ser recebida em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.
As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária.
Vírus só explica 27,5% do acréscimo de mortalidade face à média dos últimos cinco anos
As mortes por covid-19 em Portugal entre 02 de março e 18 de outubro representam apenas 27,5% do acréscimo da mortalidade registado relativamente à média dos últimos cinco anos, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados divulgados, no período desde a chegada da pandemia ao país morreram 72.519 pessoas, mais 7.396 mortes do que a média do período homólogo dos cinco anos anteriores, sendo a covid-19 responsável por 2.198 óbitos, ou seja, 27,5% do total do aumento da mortalidade.
“O acréscimo da mortalidade, verificado a partir de março, relativamente à média dos últimos cinco anos é explicado apenas em parte pelos óbitos por covid-19”, pode ler-se na informação do INE, que destaca ainda que só nas derradeiras quatro semanas (21 de setembro a 18 de outubro) houve mais 612 óbitos face à média entre 2015 e 2019, dos quais 278 (45,4%) devido ao novo coronavírus.
O INE aponta também para mais de dois terços do acréscimo de mortalidade ter ocorrido fora dos hospitais. “Do total de óbitos registados entre 02 de março e 18 de outubro de 2020, 43.280 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 29.239 fora do contexto hospitalar, a que correspondem aumentos de 2.483 óbitos e 5.453 óbitos (68,7%), respetivamente, relativamente à média de óbitos em 2015-2019 em período idêntico”, refere a nota divulgada.
Analisando os números do ponto de vista etário, mais de 70% das mortes (51.641) foram de pessoas com idade igual ou superior a 75 anos, com 6.824 óbitos a mais nesta faixa etária em relação à média de óbitos observada no período homólogo de 2015-2019. Entre estas mortes, 5.377 foram de indivíduos com pelo menos 85 anos.
Já em termos de género, as 72.519 mortes distribuem-se por 36.069 mulheres e 35.482 homens, ou seja, mais 4.608 e 3.328, respetivamente do que a média de óbitos no mesmo período dos últimos cinco anos.
As regiões do Norte, do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo foram, segundo o INE, as que mais contribuíram para a subida da mortalidade entre 02 de março e 18 de outubro. O Norte registou o maior aumento de óbitos, tendo em conta a média dos anteriores cinco anos, com mais 3.280 mortes, seguido de Lisboa e Vale do Tejo (2.177) e do Centro (1.434). Os números ficam completos com 696 óbitos no Alentejo, 299 no Algarve, 90 nos Açores e 83 na Madeira.
Um morto, cinco utentes e nove funcionárias infetados em lar da Marinha Grande
Um utente do lar das Vergieiras, da Misericórdia da Marinha Grande, morreu infetado com covid-19, instituição onde outros cinco utentes e nove funcionárias testaram positivo para a doença, disse hoje à agência Lusa o provedor.
“Morreu um utente que estava internado no hospital de Leiria. Tinha cerca de 80 anos e outras patologias”, afirmou Joaquim João Pereira.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande adiantou que atualmente o lar tem cinco utentes infetados, um dos quais “foi transferido esta noite para o hospital de Leiria, porque o seu estado de saúde agravou-se”. Os restantes quatro estão em isolamento.
Estão ainda infetadas com o novo coronavírus nove funcionárias.
“Outras duas estão em dúvida”, referiu Joaquim João Pereira, esclarecendo que estas permanecem nas suas residências, estando a Misericórdia da Marinha Grande a contratar pessoas para “substituir quem está em casa”.
O lar das Vergieiras tem 46 utentes e 48 funcionários. Presta ainda apoio domiciliário a 28 utentes.
O primeiro caso de covid-19 na instituição foi detetado na quarta-feira da semana passada.
“Na primeira vaga [da pandemia] não ocorreu qualquer caso”, adiantou o responsável da Santa Casa.
Joaquim João Pereira disse acreditar que “a situação está controlada”.
“Estamos a repetir testes no sentido de prevenir mais contágios”, garantiu o provedor, considerando que o contágio “veio declaradamente da rua”.
A Santa Casa da Misericórdia da Marinha Grande dispõe ainda de um outro lar (Outeirinhos), com 62 utentes, mais 42 em apoio domiciliário e 68 funcionários. Já na unidade de cuidados continuados estão 31 utentes apoiados por 39 trabalhadores, enquanto que o centro infantil é frequentado por 180 crianças e tem 44 funcionários.
O concelho da Marinha Grande registou desde o início da pandemia, em março, 136 casos confirmados de covid-19, mantendo-se 40 ativos, segundo o último boletim da Comissão Distrital de Proteção Civil de Leiria, divulgado às 01:42 de hoje.
No mesmo período, 94 pessoas recuperaram da doença e foram contabilizados dois óbitos.