A linhagem BA.2 da variante Ómicron da covid-19, considerada mais transmissível, é responsável por 82% das infeções registadas em Portugal, enquanto a prevalência da linhagem BA.1 baixou para 18%, estimou o INSA.
A linhagem BA.2, que partilha com a BA.1 várias características genéticas, foi detetada em Portugal no final de 2021 e tem registado um aumento da prevalência desde essa altura.
Quanto à BA.1, identificada pela primeira vez em Portugal em novembro de 2021 e que chegou a atingir uma prevalência máxima de 95,6% das infeções em janeiro, continua a tendência decrescente das últimas semanas, baixando agora para os 18%, avança o INSA.
Recentemente, a OMS avançou que estudos preliminares sugerem que a BA.2 seja mais transmissível do que a BA.1, mas a organização salientou que os dados do “mundo real” sobre a gravidade clínica na África do Sul, Reino Unido e Dinamarca, onde a imunidade da vacinação e de infeção natural é alta, indicam que “não houve diferença relatada na gravidade entre BA.2 e BA.1”.
“A reinfecção com a BA.2, após a infeção pela BA.1 foi documentada, mas dados iniciais de estudos de nível populacional sugerem que a infeção com a BA.1 fornece forte proteção contra reinfecção com BA.2”, indicou ainda a OMS.