O dia da libertação total em Portugal poderá ser daqui a duas semanas. O Governo prevê que todas as restrições possam ser levantadas no início de abril. No entanto, há especialistas que acreditam que esse prazo será adiado devido ao aumento de infeções.
Nas últimas semanas houve uma inversão da curva da pandemia com o aumento do número de infeções.
Há sete dias, o relatório da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge revelava uma atividade epidémica do SARS-CoV-2 de intensidade muito elevada. Uma situação que já terá sido revertida.
Ao atual ritmo, dentro de duas semanas poderá ser possível chegar ao limiar da libertação dos 20 óbitos por um milhão de habitantes a 14 dias.
O Governo prolongou a situação de alerta até ao dia 30 de março. Um prazo que poderá ser reavaliado mediante os dados epidemiológicos do país.
Médicos dizem que Portugal não está preparado para alívio das restrições no início de abril
O diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do hospital de São João e o bastonário da Ordem dos Médicos defendem que Portugal não está preparado para levantar as restrições impostas pela pandemia em abril.
Sublinham que o número de casos continua a subir e que é preciso apostar na vacinação dos Ucranianos que cheguem a Portugal.
A taxa de letalidade está a cair, mas o número de casos de covid-19 tem vindo a aumentar.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, apela ainda a uma resposta adequada a quem está a fugir da guerra, já que apenas 35% da população adulta ucraniana está vacinada com uma dose.
Miguel Guimarães garante que o país se está a preparar para a chegada de doentes oncológicos ucranianos que tiveram de parar os tratamentos.
Outra preocupação são os doentes que estão fora do sistema, por causa de atrasos no diagnóstico. Ao fim de dois anos de pandemia, há mais de 200 mil portugueses à espera de cirurgia.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL