A mais recente onda de infeções pelo SARS-CoV-2 no Reino Unido atingiu o maior número de infetados de sempre. Inglaterra, com quase 5 milhões de infetados na semana passada – uma pessoas em cada 13 – e a Escócia e a Irlanda do Norte com uma em cada 12 e em cada 15 pessoas, respetivamente, podem estar brevemente a dar uma reviravolta nas últimas medidas aplicadas à gestão da pandemia, nomeadamente no que toca à testagem.
No mesmo dia em que foi conhecido o maior número de casos, num aumento de 15% face à semana anterior, deixaram de estar disponíveis os testes gratuitos à população, passando cada pessoa a ter de pagar pelo próprio teste, tanto na ausência como na presença de sintomas. Alguns especialistas em saúde pública britânicos, citados pelo jornal The Guardian, já pedem o regresso de testes gratuitos.
À boleia do aumento de infeções, também os internamentos e mortes pela doença estão em crescimento no Reino Unido. Nas empresas, soa o alarme pelo elevado número de absentismo laboral dos trabalhadores. Por outro lado, sem ordens para a população se isolar, a menos que tenha sintomas, muitos trabalhadores que estiveram em contacto com infetados continuam a trabalhar por falta de apoios se ficarem em casa.
A CULPA É DA BA.2. MAS NÃO AGE SOZINHA
Uma sub variante da Omicron, a BA.2, mais transmissível do que a estirpe original, estará na causa de uma tão rápida disseminação de casos, uma vez que é a variante presente na grande maioria dos casos do Reino Unido. Mas não só. Também a retirada de restrições face à pandemia.
No Reino Unido, onde 68% da população a partir dos 12 anos tem três doses da vacina, só neste fim de semana se iniciou a vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL