O Presidente da República afastou hoje a possibilidade de vacinação de centenas de titulares de cargos políticos antes de milhares de idosos, considerando que ninguém de bom senso o quereria fazer e criticando a criação de especulações.
“Temos de continuar a vacinar sempre, melhor e ainda mais depressa, e sem criar especulações que nos enfraqueçam”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa declaração ao país, a partir do Palácio de Belém em Lisboa.
O chefe de Estado acrescentou que “ninguém de bom senso quereria fazer passar centenas ou um milhar de titulares de cargos políticos, ou de funcionários, por muito importantes que fossem, de supetão, à frente de milhares de idosos, com doenças as mais graves, e, por isso, de mais óbvia prioridade”.
Nesta declaração ao país, de cerca de cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa comunicou ter decretado a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, até 14 de fevereiro, e defendeu que é preciso agir depressa e drasticamente para conter a propagação da covid-19 em Portugal.
“Temos de estar preparados para confinamento e ensino à distância, mais duradouros do que se pensava antes desta escalada. Temos de, na medida do necessário, usar o controlo de fronteiras na entrada e na saída e, num como que autoconfinamento, a limitação da deslocação de nacionais para fora do território continental”, considerou.