O primeiro-ministro afirmou hoje que cerca de 168 mil utentes e profissionais de lares de idosos foram já vacinados, num total de 193 mil, e frisou que a segunda toma da vacina está garantida para este grupo.
António Costa avançou com este indicador após ter estado reunido em São Bento com responsáveis da União das Misericórdias Portuguesas, União das Mutualidades Portuguesas, Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade e Confederação Cooperativa Portuguesa.
Uma reunião em que também esteve presente a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e que se destinou a fazer uma avaliação sobre a execução do plano de vacinação nos lares.
Numa declaração sem direito a perguntas por parte dos jornalistas, o primeiro-ministro referiu que “o primeiro grande desafio do processo de vacinação era abranger cerca de 193 mil pessoas que estão nas estruturas residenciais e lares de idosos”.
“O Governo tinha antecipado para esta semana a conclusão da primeira toma da vacina e é bom ouvir que o processo decorreu genericamente bem. Das 193 mil pessoas, temos já 168 mil que estão vacinadas”, apontou.
Em relação às restantes pessoas ainda em falta, o líder do executivo disse que são cidadãos que estão a residir em instituições em que se registaram surtos ativos de covid-19 e, como tal, o processo de vacinação só pode ter lugar quando se ultrapassarem esses surtos epidémicos.
“Quero também deixar uma palavra de tranquilidade a todas as pessoas que já tiveram a primeira toma da vacina, porque está assegurada a reserva necessária para garantir a segunda. O processo não ficará a meio”, prometeu.
De acordo com o líder do executivo, na segunda fase de vacinação, seguindo-se a recomendação da Comissão Europeia, serão vacinados todos os cidadãos com mais de 80 anos – “um objetivo muito ambicioso, mas que Portugal está em condições de assumir”.
Numa mensagem mais política, o primeiro-ministro defendeu que o processo de vacinação “foi um dos momentos mais importantes de cooperação entre o Serviço Nacional de Saúde, os serviços da Segurança Social e as instituições”.
“É um excelente exemplo daquilo que é necessário fazer no futuro”, acrescentou.
Antes, a ministra Ana Mendes Godinho referiu que o Governo tem estado a trabalhar com estas instituições do setor social desde o início da epidemia de covid-19 em Portugal, em março, tendo em vista “proteger as pessoas que estão nos lares”.
“A vacinação é o nosso grande instrumento de proteção das pessoas. Por isso, foi feito um programa intenso para se chegar o mais depressa possível às pessoas”, declarou, já depois de o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, o padre Lino Maia, ter elogiado o facto de se terem também incluído no processo de vacinação os utentes e prestadores de serviços.
“Também estão lá pessoas”, frisou o padre Lino Maio, – uma ideia que depois foi partilhada pelo presidente da União das Misericórdias Portuguesas, Manuel Lemos.
“Este processo está a correr muito bem. A primeira fase está praticamente concluída. É importante que a segunda fase também corra bem”, sintetizou Manuel Lemos.
Na primeira breve intervenção da sessão, o presidente da Confederação das Cooperativas Portuguesas, Rogério Cação, afirmou que “todos os prazos da vacinação foram cumpridos e houve um comportamento exemplar por parte das estruturas abrangidas”.
Luís Alberto Silva, presidente da União das Mutualidades Portuguesas, deu “os parabéns ao Governo pela decisão política de os idosos dos lares terem sido incluídos na primeira fase do processo de vacinação, logo após os profissionais de saúde”.