Associado ao verão, este fruto é dos primeiros a amadurecer e a chegar aos mercados, com benefícios que começam a ser cada vez mais reconhecidos pela ciência, destacando-se não apenas pelo gosto, mas também pelas propriedades nutricionais. É um dos frutos de verão mais procurados, especialmente por quem prefere sabores suaves e naturais.
Falamos do alperce, também conhecido como damasco. O nome “alperce” está associado à presença dos Mouros na Península Ibérica, dado o seu começo por “al”. Já o termo “persikos” tem origem no grego e significa “pêssego” ou “persa”.
Valor nutricional e composição
Por cada 100 gramas de alperce fresco, o organismo recebe uma combinação equilibrada de fibras, vitamina C, potássio, hidratos de carbono e betacarotenos. A sua versão seca concentra os mesmos nutrientes em maior quantidade, mas também apresenta mais calorias.
Segundo o nutricionista Bruno Reis, “tanto consumido ao natural como em fruto seco/desidratado, é um fruto extremamente nutritivo e com características muito próprias. A sua cor alaranjada deve-se a um poderoso antioxidante, o betacaroteno. Este contribui para prevenir/combater certos cancros, previne o envelhecimento, ajuda a diminuir certas doenças crónicas, melhora a visão e protege de doenças degenerativas.”
Benefícios para a saúde
Entre os principais benefícios do chamado ‘pêssego dos mouros’ estão a promoção da saúde da pele, dos olhos e dos intestinos. A combinação de vitaminas A, C e E, aliada ao betacaroteno e aos flavonóides, tem sido estudada pela sua ação antioxidante.
Estes compostos ajudam a proteger as células do organismo contra os danos dos radicais livres, associados a doenças como a diabetes e algumas patologias cardíacas.
Pele, intestinos e fígado
Em termos dermatológicos, a vitamina C presente no alperce contribui para a produção de colagénio, enquanto os antioxidantes ajudam a mitigar os efeitos da exposição solar e da poluição na pele.
Já a fibra alimentar presente neste fruto tem impacto positivo no trânsito intestinal e no controlo dos níveis de colesterol e açúcar no sangue. Em termos hepáticos, estudos realizados em animais sugerem que o consumo de alperce pode ter um efeito protetor sobre o fígado.
Peso e saciedade
Devido ao seu teor em fibra e ao sabor naturalmente doce, o alperce é visto como um aliado em dietas de perda de peso. Proporciona saciedade e pode substituir doces processados, refere o Blog Bodyscience.
Além disso, a sua composição nutricional permite manter a energia e a saciedade por mais tempo, sendo uma escolha frequente entre desportistas e pessoas com rotinas intensas.
Fresco ou seco?
Ambas as versões apresentam benefícios. A versão seca, embora mais calórica, é rica em nutrientes concentrados. Por isso, deve ser consumida com moderação, especialmente por quem pretende controlar o peso.
O alperce seco foi, inclusive, incluído na alimentação dos astronautas da missão lunar Apollo 15, segundo relatos do nutricionista Bruno Reis.
Sugestões de consumo
O alperce pode ser consumido ao natural, em saladas, compotas ou em iogurtes. Também é comum a sua utilização em sobremesas e pratos principais, devido ao sabor versátil.
O ideal será incluir entre 4 a 5 alperces por dia na alimentação, como snack ou acompanhamento, garantindo assim a ingestão das suas propriedades, explica o Blog Bodyscience.
Conservação e escolha
Para garantir o melhor sabor e valor nutricional, o ‘pêssego dos mouros’ deve ser consumido pouco tempo após a compra. Deve ceder levemente ao toque e apresentar um aroma suave. Pode ser guardado no frigorífico até duas semanas.
O ‘pêssego dos mouros’, nome pelo qual o alperce é também conhecido, assume-se como um dos frutos mais completos do verão. A sua combinação de vitaminas, minerais e antioxidantes promove benefícios em diversas áreas da saúde.
Com uma textura agradável e sabor equilibrado, é uma opção fácil de integrar em diferentes momentos do dia. O seu perfil nutricional torna-o adequado a pessoas de várias idades e estilos de vida.
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