Durante a sessão pública da visita do secretário de Estado da Saúde a Tavira, Ricardo Mestre, esta segunda-feira, o Bloco de Esquerda de Tavira apresentou um conjunto de preocupações.
“O Centro de Saúde é central na saúde das populações locais. Há dificuldade em aceder-lhe em situação de urgência, seja pela falta de recursos humanos, seja por não atender 24 horas, como se fosse um escritório”, apontam os bloquistas, acrescentando que “a pouca oferta de valências obriga a deslocações e à sobrecarga do hospital central com consultas de rotina e de pequena importância”
“A política de saúde implica intervir precocemente e prevenir supõe uma educação para a saúde. Apenas ao médico é reconhecido o conselho concreto e personalizado e apenas ele tem a autoridade concreta para “receitar” comportamentos”, defende aquela força partidária.
Os bloquistas consideram que “sessões nas escolas e para grupos específicos na comunidade não são eficazes, a eficaz política de educação para a saúde é feita pelo médico de família. A falta de médicos de família e a quota de cidadãos atribuída a cada um deles impede a função de atendimento e aconselhamento. Esta situação agrava-se no atendimento das populações abrangidas pelas extensões do Centro de Saúde, como Luz, Santo Estêvão, Cachopo, Conceição, Cabanas e Santa Luzia”.
“Ainda há pouco tempo denunciámos a falta de vacinas no Centro de Saúde, enquanto não havia falta nas farmácias locais, pagando, evidentemente, ainda hoje persistem flutuações que importa resolver”, afirma o Bloco de Esquerda.
O Centro de Saúde deverá ser “o lugar que se procura como atendimento de 1ª linha, como uma urgência que funcione em 1ª linha e o meu médico como o 1º a que recorro para o que seja relacionado com a minha saúde”.
“A valorização do papel do Centro de Saúde é fundamental na eficiência do SNS, pelo contrário, a sua desvalorização é estratégica no desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde”, conclui o Bloco de Esquerda de Tavira.