Estes dois grupos foram considerados prioritários para receberem este reforço da imunização contra a covid-19, anunciou na sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS), que definiu que a administração desta terceira dose será, nesta fase, destinada às pessoas com mais idade.
A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que a dose de reforço será administrada seis meses após a vacinação completa a “pessoas que ficaram com imunidade na primeira série vacinal”, sendo agora necessário “passar a imunidade outra vez para o nível ótimo”.
Relativamente a outros grupos, a diretora-geral acrescentou que a inclusão dos profissionais de saúde está a ser ponderada, mas para já não são considerados prioritários.
Portugal atingiu este sábado a meta de ter 85% da população com vacinação completa
A diretora-geral adiantou à Lusa que esta segunda-feira vai ser dado início à 3ª dose de vacinação nos mais idosos e imunodeprimidos “vacinando as pessoas que já tiveram a vacina da gripe há 14 dias e que já têm o intervalo para poderem ter o reforço da vacinação contra a covid-19”.
Sobre a administração da terceira dose da vacina para a população a par da da gripe, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que aguarda orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS). “Estamos à espera que haja uma orientação da OMS para podermos, se for possível, administrar [o reforço da] vacina contra a covid-19 e a vacina contra a gripe no mesmo dia, em locais do corpo diferentes, mas na mesma sessão vacinal”.
Graça Freitas aproveitou para ressalvar que o processo de vacinação em Portugal foi um “sucesso” – com o país a atingir este sábado a meta de 85% da população vacinada – mas salientou que ainda não acabou, sendo necessário continuar a vacinar quem ainda não o fez e também a reforçar a imunidade dos grupos que foram identificados como elegíveis para uma terceira dose ou dose de reforço da vacina. “Temos que reforçar de alguma forma a imunidade daqueles que necessitam de um novo estímulo para ficarem mais protegidos porque a proteção vai diminuindo ao longo do tempo e estamos a fazê-lo em dois grupos”, disse Graça Freitas.
O primeiro daqueles grupos abrange os imunodeprimidos, cujo reforço da vacina contra a covid-19 já foi iniciado, e o segundo grupo engloba as pessoas com mais de 65 anos, sendo dada “prioridade para pessoas com 80 anos ou mais e para as pessoas que residem em lares e estruturas similares”, com a inoculação terceira dose ou dose de reforço a iniciar-se na segunda-feira.
Caso chegue entretanto a orientação da OMS para uma coadministração das vacinas contra a gripe e a covid-19 na mesma sessão vacinal, a diretora-geral da Saúde afirma que a capacidade logística e de planeamento está “preparada” para cumprir tal medida que, a ser possível, “dá mais conforto às pessoas, que evitam uma deslocação” e facilita a gestão do processo ao nível dos serviços.
Graça Freitas lembrou ainda que, a par deste reforço de doses para os grupos elegíveis, o processo de vacinação contra a covid-19 ainda continua, uma vez que é necessário completar a vacinação de alguns e de vacinar aqueles que ainda não têm nenhuma toma, como os jovens que entretanto atingem os 12 anos ou pessoas que vêm de fora nestas condições.
Em declarações à Lusa, Graça Freitas adiantou que Portugal atingiu este sábado a meta de ter 85% da população com vacinação completa contra a covid-19, considerando que tal é “motivo de orgulho”. Também o Ministério da Saúde emitiu hoje um comunicado a assinalar aquela meta, precisando que Portugal se tornou o primeiro país do mundo a ter 85% da população vacinada.
Neste processo foram administradas, em Portugal continental, cerca de 15,3 milhões de vacinas, possibilitando que cerca de 8,4 milhões de pessoas tenham agora o esquema vacinal completo, adianta o comunicado do gabinete da ministra Marta Temido.