Portugal registou 31.431 novas infeções com o coronavírus SARS-CoV-2 nas últimas 24 horas, mais 51 mortes associadas à covid-19 e 102 internamentos, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico diário, hoje estão internadas 2.511 pessoas, mais 102 do que no sábado, maior valor desde 25 de fevereiro de 2021, e 180 estão em unidades de cuidados intensivos, mais 11, sendo que nem todos os internamentos se devem à covid-19, podendo ser motivados por outras patologias apesar da existência de infeção com SARS-CoV-2.
O número de casos ativos diminuiu, havendo agora 628.810, menos 9.011 do que no sábado, e nas últimas 24 horas foram dadas como recuperadas 40.391 pessoas, passando a contabilizar um total de 2.266.939.
Das 51 mortes registadas nas últimas 24 horas, 13 ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, 16 no Norte, 12 no Centro, quatro no Alentejo e outras quatro no Algarve e duas nos Açores.
A maior parte das vítimas mortais com covid-19 tinha mais de 80 anos (30), seguidas dos 70 aos 79 anos (14) e depois registaram-se três mortes nos dois grupos etários dos 40 aos 49 e dos 60 aos 69 anos, tendo ainda falecido um homem quinquagenário.
O Norte continua a região do país com mais novos casos diários, com 11.227 infeções, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo, com mais 9.839, o Centro (5.846), o Algarve (1.637), Alentejo (1.239), Açores (1.213) e a Madeira (430).
Nas últimas 24 horas foram colocados em vigilância mais 1.264 contactos, que totalizam agora 664.442.
Segundo a DGS, desde março de 2020 foram infetadas em Portugal 2.915.971 pessoas com o SARS-CoV-2 e foram declaradas 20.222 mortes associadas à covid-19.
O maior número de novos casos diagnosticados situa-se nos grupos etários entre os 40 e os 49 anos, com mais 5.439 novas infeções nas últimas 24 horas. Seguem-se o dos 30 aos 39 anos (5.188 novas infeções), o dos 20 aos 29 anos (4.327) , dos zero aos 9 anos (4.313), entre os 50 aos 59 anos (2.798), entre os 60 e os 69 anos (1.696), entre os 70 e 79 anos (1.151) e dos idosos com mais de 80 anos (855).
Desde o início da pandemia, em março de 2020, a região de Lisboa e Vale do Tejo registou 1.046.521 casos e 8.487 mortes.
Na região Norte registaram-se 1.126.462 infeções e 6.150 óbitos e a região Centro tem agora um total acumulado de 422.504 infeções e 3.560 mortes.
O Algarve totaliza 113.514 contágios e 650 óbitos e o Alentejo soma 98.358 casos e 1.135 mortos por covid-19.
A Região Autónoma da Madeira soma desde o início da pandemia 67.646 infeções e 170 mortes e o arquipélago dos Açores 40.966 casos e 70 óbitos.
As autoridades regionais dos Açores e da Madeira divulgam diariamente os seus dados, que podem não coincidir com a informação divulgada no boletim da DGS.
De acordo com DGS, foram contabilizados 1.363.272 casos de infeção em homens e 1.550.075 em mulheres, havendo 2.624 casos de sexo desconhecido, que se encontram sob investigação, uma vez que esta informação não é fornecida de forma automática.
Desde março de 2020 morreram 10.632 homens e 9.590 mulheres de covid-19.
DISPENSA DE TESTE NEGATIVO PARA ENTRAR EM PORTUGAL EM VIGOR A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA
A decisão de dispensar teste negativo ao vírus SRS-CoV-2 para entrar em Portugal, bastando apresentar o certificado digital ou um comprovativo de vacinação reconhecido, entra em vigor na segunda-feira.
Na passada quinta-feira, o Governo decidiu acabar com a medida em vigor desde 1 de dezembro do ano passado, que impunha que todos os passageiros que chegassem a Portugal por via aérea eram obrigados a apresentar um teste negativo ou um certificado de recuperação no momento do desembarque.
A medida será publicada no domingo em Diário da República e “as regras nela constantes estarão em vigor a partir das 00:00 de segunda-feira, dia 7 de fevereiro”, acrescenta o comunicado.
ALÍVIO DE MEDIDAS “O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL” COMEÇANDO PELOS CERTIFICADOS, DEFENDE MÉDICO
O médico de Saúde Pública Bernardo Gomes afirmou este domingo, em entrevista à SIC Notícias, que está na altura de começaram a ser aliviadas algumas medidas de combate à pandemia em Portugal, sobretudo em relação ao uso generalizado dos certificados digitais.
“Dentro do leque de medidas e restrições que temos, colocaria à cabeça abdicar da utilização abrangente dos certificados, mantendo-se apenas em certos contextos”, defende.
Ainda assim, alerta que não se deve optar por uma via de “facilitação generalizada”, uma vez que a pandemia ainda não acabou, afirma, e que abdicar das medidas e restrições “de uma vez só” seria “completamente irresponsável”.
Bernardo Gomes explica que continuarão a existir ondas futuras e que, apesar de haver esperança de que a imunidade acumulada proteja contra doença mais severa, tal “não é certo”.
Conclui dizendo que o caminho desejável é uma simplificação das medidas enquanto, ao mesmo tempo, se resguarda aqueles que não têm defesas adicionais, sobretudo os grupos de risco.
Com Lusa e SIC Notícias