O boletim da Direção-Geral da Saúde dá conta, esta sexta-feira, de mais 50 mortes, das quais 4 na região algarvia, por covid-19, 47.199 novos casos – 2200 no Algarve – e mais 46.469 recuperados. Olhando para os casos ativos, são agora 642.793 (mais 680 do que ontem).
Os internamentos voltam hoje a subir, de forma ligeira, em enfermaria – há mais cinco doentes internados para um total de 2445 – e mais significativa no que respeita à ocupação de camas em UCI. Há mais 19 doentes graves, o que coloca o total de internados em unidades de cuidados intensivos nos 174.
Já o número de casos reportados hoje (47.199) desce ligeiramente face à véspera, e é a primeira vez em quatro dias que fica abaixo das 50 mil infeções. Também baixou o número de mortes (50) em relação a ontem, no entanto, continuam ligeiramente acima da média dos últimos sete dias (48,8 óbitos).
A matriz de risco atualizada esta sexta-feira indica uma ligeira descida do índice de transmissibilidade, R(t), para 1,05 quer a nível nacional, quer no continente. A incidência voltou a subir, aumentando para 7163,7 casos por 100 mil habitantes em todo o território nacional e para 7207,0 no continente. Na última atualização, o R(t) era de 1,09 e 1,1 (no país e no continente, respetivamente), enquanto a incidência se situava nos 7081,7, a nível nacional, e nos 7111,8 no continente.
Desde o início da pandemia em Portugal, em março de 2020, quando foi detetado o primeiro caso de covid-19, as autoridades de saúde já identificaram 2.843.029 infeções, 20.127 óbitos e 2.180.109 recuperados. Há ainda 660.347 contactos em vigilância, o que corresponde a mais 7285 do que na véspera.
Norte é a região com mais casos pelo 22.º dia seguido
Com 181.03 novos infetados no último dia (o equivalente a 38,35% do total de contágios), o Norte volta a ser a região de Portugal com o maior aumento diário de casos, uma tendência que se verifica pelo 22.º dia consecutivo, em rigor, desde o dia 14 de janeiro.
Imediatamente a seguir está a região de Lisboa e Vale do Tejo com 13.981 novos casos (29,62%), o Centro com 9198 (19,49%), o Algarve com 2200 (4,66%), o Alentejo com 1952 (4,14%), os Açores com 1191 (2,52%) e, por último, a Madeira com 574 infetados (1,22%).
Como também tem sido a tendência nos últimos dias, Lisboa e Vale do Tejo é a região que reporta mais mortes por covid-19: 17. Segue-se o Norte com 16 óbitos, o Centro com oito, o Algarve com quatro, a Madeira com três e, finalmente, os Açores com dois.
Os números absolutos de casos e mortes por região ficam assim:
Relativamente a casos confirmados por faixa etária, a fotografia do país é a seguinte:
Quanto a mortes confirmadas por covid-19 por faixa etária, uma doença que afeta mais a população mais velha, o retrato do país é o seguinte:
PORTUGAL ULTRAPASSOU OS 35 MILHÕES DE TESTES À COVID-19
Portugal ultrapassou esta semana os 35 milhões de testes de deteção da covid-19 realizados desde o início da pandemia, anunciou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), esclarecendo que este número não inclui autotestes.
O INSA assinala, em comunicado, que a marca dos 35 milhões foi alcançada na terça-feira e que o mês de janeiro marcou um recorde ao nível da testagem, com aproximadamente oito milhões de testes à covid-19 efetuados (2,4 milhões de testes PCR e perto de 5,6 milhões de testes rápidos de antigénio), cerca de 257 mil testes por dia.
Os 35 milhões de testes realizados desde marco de 2020 distribuem-se por cerca de 19,2 milhões de testes PCR e 15,9 milhões de testes rápidos de antigénio (TRAg).
DGS ADMITE FIM DO ISOLAMENTO PARA CASOS ASSINTOMÁTICOS
A diretora-geral da Saúde admitiu esta quinta-feira a possibilidade do fim do isolamento para os casos positivos de covid-19 assintomáticos. Graças Freitas coloca também a hipótese do uso de máscara ser exigido apenas em situações de maior risco. Estas questões estão a ser avaliadas pela comunidade científica.
Graça Freitas, em relação à dispensa de isolamento, explica que é “para os casos positivos, para os doentes, não. Os doentes continuam a ter direito ao isolamento, estão no auge da transmissibilidade”, afirmou em entrevista à CNN Portugal, acrescentado que pode “haver uma redução dos dias de isolamento”, assim como “outras medidas para os contactos”.
No entanto, Graça Freitas diz estar a ser “cautelosa” e que o desenvolvimento da situação da pandemia em Portugal vai condicionar a evolução do alívio das restrições. A diretora-geral da Saúde alerta que “não se pode deixar de repente todas as medidas para reduzir a transmissibilidade”.
INFETADOS COM A VARIANTE ÓMICRON CORREM MENOR RISCO DE INTERNAMENTO
As pessoas infetadas com a variante Ómicron têm um risco de internamento hospitalar 75% inferior ao das pessoas infetadas com a variante Delta, concluiu um estudo da Direção-Geral da Saúde e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
“Por cada 100 pessoas internadas que estavam infetadas com a variante Delta, só 25 pessoas seriam internadas se tivessem sido infetadas com a variante Ómicron, independentemente da idade, do sexo, do estado vacinal e de se ter tido uma infeção anterior.”
O estudo mostra também que as pessoas infetadas com Ómicron têm, em média, internamentos mais curtos e menor risco de morrer.
Estes resultados vêm confirmar o que já era apontado pelos especialistas, de que a variante Ómicron é menos grave que a Delta. Ainda assim, a Ómicron está associada a uma “maior capacidade de escapar parcialmente à proteção do esquema vacinal completo e a uma elevada transmissibilidade”.
Isto significa que, mesmo com redução de gravidade, pode existir risco de sobrecarga do sistema de saúde, informa a DGS, apelando, por isso, à vacinação e à testagem regular.