Na altura, António Costa confirmava que o novo confinamento iria ter a duração prevista de um mês. Na véspera daquele dia, Marcelo Rebelo de Sousa tinha testado positivo à covid-19.
O primeiro-ministro tinha acabado de sair da reunião com o Infarmed e revelava que o novo confinamento seria semelhante ao de março de 2020 e que teria a duração prevista de um mês. António Costa acrescentava que as medidas seriam revistas nos 15 dias seguintes ao início do confinamento se a situação melhorasse e que algumas medidas poderiam vir a ser aligeiradas.
“As escolas são grande tema de divergência”, mas António Costa garantia que o ambiente escolar não era “fator de contaminação”. “Nada justifica o fecho das escolas em crianças até aos 12 anos”, defendia. Sobre estes alunos e até ao do 12º ano, as medidas estavam ainda a ser decididas.
O primeiro-ministro sublinhava que naquele dia – 12 de janeiro de 2021 – Portugal tinha mais de 7 mil infetados (7259 confirmados, dos quais 143 no Algarve e 155 óbitos, um deles no Algarve) e que a vacina não iria, para já, garantir a imunidade de grupo. “O período de vacinação vai ser muito longo”, avisava.
Por fim, num resumo das medidas, apelou ao uso de máscara, higienização das mãos e ao distanciamento social.
PRESIDENTE DA REPÚBLICA IA CONSULTAR PARTIDOS POR TELEFONE SOBRE ESTADO DE EMERGÊNCIA
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ia consultar naquele dia à tarde os partidos políticos com assento parlamentar por telefone sobre a renovação do estado de emergência.
Esta informação era divulgada através de uma nota no portal da Presidência da República na Internet, na qual se lia também que Marcelo Rebelo de Sousa “já realizou novo teste com o INEM” de diagnóstico ao novo coronavírus, “cujo resultado deverá ser conhecido dentro de algumas horas”.
O chefe de Estado cancelava as audiências marcadas para para aquele dia com os partidos políticos depois de saber, na véspera à noite, que tinha testado positivo ao novo coronavírus.
Entretanto, fazia outro teste, com resultado negativo, e aguardava o resultado de um “teste confirmativo” realizado pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontrava em isolamento no Palácio de Belém, em Lisboa, teve que assistir, por videoconferência, à reunião daquela manhã no Infarmed sobre a situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.