O Partido Comunista Português (PCP) saúda a luta dos trabalhadores da Algar – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos SA, empresa responsável pela recolha e tratamento de resíduos no Algarve, cuja greve ocorrida nos dias 7 e 8 de setembro teve uma importante adesão e um forte impacto nos serviços, anuncia em comunicado.
A greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN), contou também com concentrações que tiveram lugar nas portarias das instalações da empresa e que juntaram dezenas de trabalhadores.
O PCP também marcou presença solidária nestes locais. No centro das reivindicações dos trabalhadores esteve a ausência de resposta da administração da empresa (pertencente ao grupo económico EGF) face às justas exigências de aumento dos salários e subsídios de refeição em 2020, à atribuição (criação) de subsídio de risco, à reposição dos valores do trabalho suplementar pagos em 2012, à fixação de salário igual para todos os motoristas da empresa e outras categorias profissionais, à criação de uma tabela salarial que permita a progressão na sua carreira (categoria) profissional e à progressão (requalificação) dos trabalhadores de acordo com o trabalho efetivamente desempenhado.
“Num momento em que se intensifica a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, baseada no aproveitamento que os grupos económicos estão a fazer da epidemia e na disseminação do medo e do alarmismo, a situação atual exige o exercício de todos os direitos sindicais e políticos que a Constituição da República confere”, afirma o partido em comunicado.
“Perante a degradação da situação económica e social no Algarve aquilo que se impõe é a valorização dos salários e dos direitos dos trabalhadores, por forma a aumentar o poder de compra e dinamizar a economia regional e nacional”, conclui.