Um debate televisivo entre os dois candidatos a suceder Boris Johnson como líder do partido Conservador e primeiro-ministro britânico teve esta terça-feira de ser abandonado após a apresentadora ter desmaiado enquanto estava a decorrer.
O antigo ministro das Finanças Rishi Sunak e a ministra dos Negócios Estrangeiros Liz Truss estavam a debater no canal Talk TV quando se ouviu um som estrondoso, levando Truss, que estava a responder, a mostrar uma cara assustada e a dizer “Oh meu Deus” antes de a emissão ser cortada.
A TalkTV explicou mais tarde num comunicado que a moderadora Kate McCann “desmaiou em direto esta noite e embora esteja bem, o conselho médico foi o de que não devíamos continuar com o debate”.
Sunak saudou as “boas notícias de que [a apresentadora] já está a recuperar” na rede social Twitter, enquanto Truss mostrou “alívio” e lamentou que “um debate tão bom tenha sido forçado a terminar”.
O debate foi organizado pelo tablóide “The Sun” e pela Talk TV, ambos detidos pelo grupo News UK do magnata Rupert Murdoch. McCann, editora de política da Talk TV, tinha inicialmente previsto apresentar o debate em conjunto com o editor de política do “Sun”, Harry Cole, mas este testou positivo à covid-19 esta manhã.
O incidente aconteceu cerca de meia hora depois do início do debate programado para durar uma hora, quando Truss e Sunak discutiam sobre impostos, como ajudar as famílias que lutam com o aumento do custo de vida e a melhor forma de financiar o Serviço Nacional de Saúde.
Os dois finalistas de uma lista inicial de oito candidatos estão a concorrer para a liderança do partido Conservador, da qual Johnson se demitiu a 7 de Julho após uma série de escândalos que desencadearam dezenas de demissões de membros do governo em dois dias.
A escolha vai ser feita por cerca de 180.000 militantes ‘tories’ num voto postal, sendo o anúncio da decisão esperado a 05 de setembro, no regresso dos trabalhos do parlamento após as férias de verão.
No dia seguinte, Boris Johnson deverá apresentar a demissão de primeiro-ministro à rainha Isabel II, a qual, segundo a tradição, pedirá ao novo líder do partido com a maioria parlamentar para formar governo.