O Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) defendeu hoje perante o Governo a importância do ensino presencial no setor, onde há “baixo risco de contágio” de covid-19, e defendeu mais investimento na digitalização.
O CCISP reuniu-se hoje com o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, tendo divulgado um comunicado após a reunião no qual salienta que os politécnicos se prepararam para o atual ano letivo em formato presencial, investindo em equipamentos de proteção individual para estudantes e colaboradores e “acautelando todas as condições sanitárias de acordo com as recomendações da Direção-Geral da Saúde”.
“Os Politécnicos podem ser considerados locais de baixo risco de contágio pois, desde o início do ano letivo, os casos registados são em número reduzido face à totalidade da comunidade académica, para além da sua esmagadora maioria ser proveniente de ambientes externos ao ensino superior”, diz, citado no comunicado, o presidente do CCISP, Pedro Dominguinhos, que sublinha que os politécnicos são locais “seguros para estudar e investigar”.
Os politécnicos tiveram este ano um crescimento de 18% no número de estudantes, havendo também um aumento de 24% de ingressos em instituições em territórios de menor pressão demográfica, onde os estudantes têm participado em programas de voluntariado, contribuindo na luta contra a pandemia de covid-19, como a participação em rastreios e apoio a idosos ou com projetos de investigação relacionados com a doença.
Na reunião, ainda de acordo com o comunicado, o CCISP manifestou-se preocupado com a recusa de algumas unidades de saúde em acolher investigação, o que pode pôr em causa o ano letivo para estudantes da área da Saúde, já que a formação prática é essencial.
O CCISP defendeu também, entre outras medidas, o reforço da digitalização do ensino superior, e investimentos na modernização de infraestruturas académicas.
Integram o CCISP todos os institutos superiores politécnicos públicos bem como as escolas superiores não integradas e as universidades dos Açores, Algarve, Aveiro e Madeira.