Milhares de pessoas despediram-se pela última vez de Carlos Silva e Sousa no passado dia 24 de Fevereiro, numa sentida homenagem que contou com inúmeras manifestações de carinho e amizade. Uma “perda irreparável com uma saudade que nunca terá fim” para a família Silva e Sousa que fez questão de agradecer “o amor, apoio e respeito demonstrados”.
Carlos Silva e Sousa faleceu a 22 de Fevereiro, vítima de ataque cardíaco, aos 60 anos de idade. Nasceu a 13 de Abril de 1957, licenciou-se em Direito e foi eleito, em Outubro passado, para o seu segundo mandato à frente do município de Albufeira. Anteriormente, desempenhou funções de presidente da Assembleia Municipal de Albufeira durante três mandatos consecutivos e foi, durante quatro anos, deputado na Assembleia da República. A nível partidário foi também presidente da Concelhia do PSD/Albufeira, vice-presidente distrital e membro do Conselho Nacional.
Carlos Silva e Sousa “ficará na memória de todos”
Três dias de luto foram declarados pela autarquia para assinalar a perda daquele que, para o município, era “um homem grande, íntegro e dialogante, alegre e generoso e, principalmente, sempre disponível para todos, que ficará sempre na memória de todos os albufeirenses, assim como de todos aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer pessoalmente”.
Última intervenção pública foi contra a prospecção de petróleo
A última intervenção pública de Carlos Silva e Sousa aconteceu horas antes do seu falecimento, em Loulé. O autarca uniu-se a outros presidentes de Câmara do Algarve e Alentejo, associações empresariais do Algarve, Região de Turismo do Algarve e associações e movimentos da sociedade civil na luta contra a prospecção de petróleo do consórcio ENI/GALP ao largo da costa algarvia.
‘Marcou o regresso do sotavento algarvio ao sector vitivinícola’
A par da vida política, Carlos Silva e Sousa era também proprietário da Quinta dos Correias, uma das mais antigas vinhas do Algarve, que produz vinhos desde o século XIX. A família adquiriu a Quinta dos Correias, no sítio da Arroteia de Baixo, no concelho de Tavira, ainda no reinado de D. Maria, e actualmente produz dois vinhos: Fuzeta e Terras da Luz.
Para Fernando Severino, director regional da DRAP Algarve, Carlos Silva e Sousa foi o grande responsável pelo “regresso do sotavento algarvio ao sector vitivinícola” ao dar um novo dinamismo à Quinta dos Correias que é hoje “um símbolo do Algarve”.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)