Já todos passamos por aquele momento de desconforto clássico, o elevador. Eu falo por mim, dá-me sempre um vontade de rir descomunal. Só de pensar nisso já tenho de me controlar para não me partir a rir sozinha.
E como falo do elevador falo de tantas outras situações que por sua norma deixam o ser humano fora da sua zona de conforto.
Sim, o ser humano tem características que podemos dizer, que são no mínimo peculiares.
Vamos imaginar por momentos, ir à casa de banho, portas, fechos, trincos, isto numa situação normal. Numa situação mais aguçada, uma música ajuda, a correr de água, ou uma tosse a disfarçar. Agora vamos ver um cão, ora alçar a pata ou simplesmente um rápido agachamento e o número 1 está feito. Um canteiro ou um monte de areia e temos o número 2 despachado.
AH, fosse assim tão fácil, pensando no meu quotidiano que tenho 7 cães e ainda por vezes uns emprestados, a história toma outro rumo. Para uns não basta alçar a pata, têm de conhecer o lugar, inspecionar quais foram os canídeos anteriores que utilizaram aquele, poste, árvore ou recanto e aí sim, é possível numa versão sem palavreado bonito, fazer o bendito do xixi.
Já o número 2 é outra dor de cabeça. Sim, porque temos os que só fazem em terra, só no alcatrão, só em relvado, só quando o sol está virado para a lua e temos a ginja, que literalmente, vai, desculpem a expressão, não fica tão bem como a original, mas não queremos ferir suscetibilidades por isso, defecando e andando.
Assim vou dar-vos uma visão do que são a maioria dos dias na minha vida. Depois de já ter vários sacos de cócó na mão. Se conseguirmos ter tido pontaria o suficiente e não ter pisado nenhum na rua, nem ter tocado, já estamos com balanço positivo. Continuando, sete cães a trela numa mão, sacos de cócó na outra, e lá vai a Ginja completar a sua missão, eu de rabo para o ar, atrás dela, passo a passo nesta encruzilhada. Isto até se torna simples quando não temos ninguém no outro lado do passeio a chamar pelos cãezinhos fofinhos, que aí torna-se tudo mais complicado, ou mais engraçado para si leitor.
Como portuguesa nata que sou, não podia deixar passar o assunto do cocó, porque vamos ser sinceros, português que é português, não passa uma conversa sem puxar deste clássico tema de conversa. Andamos, andamos e vamos lá sempre parar.
Bem, é um bocado como a Ginja, defecando e andando.