Com a chegada do verão e a consequente subida das temperaturas, a atenção ao bem-estar dos animais de companhia deve ser reforçada, em particular no que diz respeito aos gatos. A AniCura, grupo de hospitais e clínicas especializados em cuidados médico-veterinários, alerta para a importância da hidratação felina nesta altura do ano e identifica os principais sinais de desidratação, que devem ser reconhecidos precocemente pelos tutores.
Segundo Joana Valente, responsável pelo Departamento de Medicina Felina no AniCura Alma Veterinária Hospital Veterinário, “um gato saudável deve ingerir entre 40 e 60 ml de água por quilo de peso corporal por dia, incluindo a água que bebe e aquela que retira dos alimentos”. Para incentivar este consumo, recomenda-se o uso de fontes de água – que, pelo movimento, despertam o interesse dos felinos – e a distribuição de vários recipientes pela casa, preferencialmente em materiais como cerâmica, vidro ou aço inoxidável. Deve evitar-se o uso de recipientes de plástico.
Ainda de acordo com a especialista, “é fundamental trocar a água diariamente e afastar os bebedouros das zonas onde os alimentos (secos e húmidos) são disponibilizados”. A alimentação húmida deve fazer parte da dieta diária ao longo de todo o ano, podendo ser reforçada durante os dias mais quentes. Outra sugestão da AniCura passa por complementar a dieta com caldos naturais formulados especificamente para animais de companhia.
A organização destaca também os sinais de alerta que podem indicar desidratação: respiração ofegante, salivação anormal ou espessa, perda de elasticidade da pele, língua ou gengivas com coloração alterada (vermelha ou azulada), apatia, fraqueza, desorientação, febre, vómitos, diarreia, tremores ou convulsões. Na presença destes sintomas, o tutor deve agir de imediato.
“O primeiro passo é levar o gato para um local fresco e arejado, sem expô-lo a correntes de ar muito intensas ou mudanças bruscas de temperatura”, aconselha a AniCura. A seguir, deve oferecer-se água fresca, mas sem forçar. Caso o animal não beba espontaneamente, pode tentar-se dar pequenas quantidades com uma seringa (sem agulha), encostada suavemente à lateral da boca. O grupo de hospitais e clínicas de animais reforça que “não se deve administrar qualquer tipo de medicamento ou tratamento caseiro. A única atitude adequada é procurar, com urgência, um hospital veterinário”.
A AniCura recorda ainda que gatos com doenças renais, cardíacas ou excesso de peso são particularmente vulneráveis durante o verão e requerem cuidados adicionais.
“Nunca deixe o seu gato em ambientes fechados, sem ventilação ou exposto diretamente ao sol. Animais com doenças renais, cardíacas ou excesso de peso requerem atenção redobrada. A desidratação é uma urgência veterinária. Caso suspeite que o seu gato está desidratado, procure imediatamente assistência num hospital veterinário”, sublinha Joana Valente.
Com medidas simples e vigilância adequada, é possível assegurar que os gatos enfrentam os meses mais quentes com segurança e conforto. O grupo veterinário conclui que “a desidratação é uma urgência médica e deve ser tratada com a devida seriedade”.
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