A escolha da indumentária para uma audiência papal não é deixada ao acaso. O Vaticano rege-se por um rigoroso protocolo de vestuário, especialmente nos encontros com o Papa. A norma geral dita que os visitantes devem vestir-se de forma recatada e, no caso das mulheres, com roupa preta. No entanto, existe uma exceção que tem despertado curiosidade e fascínio: o chamado “privilégio do branco”.
O privilégio reservado a seis mulheres
Este privilégio é concedido apenas a algumas mulheres pertencentes a casas reais católicas.
Trata-se de um gesto simbólico de deferência e respeito do Vaticano, que permite que estas soberanas se apresentem perante o Papa vestidas de branco, cor tradicionalmente associada à pureza, paz e autoridade.
De acordo com a especialista em protocolo Anitta Ruiz, citada pelo Notícias ao Minuto, “o privilégio de usar branco é uma exceção no protocolo do Vaticano que permite certas rainhas de países católicos vestirem branco, em vez do tradicional preto, nas audiências com o Papa”.
As mulheres que atualmente usufruem deste privilégio são:
-Rainha Letizia de Espanha
-Rainha Sofía de Espanha
-Rainha Paola da Bélgica
-Rainha Matilde da Bélgica
-Grã-duquesa Maria Teresa do Luxemburgo
-Princesa Charlene do Mónaco
-Princesa Marina Doria (esposa do chefe da casa real italiana)
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Significado histórico e simbólico
O uso do branco nestes contextos está longe de ser uma questão de estilo. No Vaticano, a cor branca está tradicionalmente associada à figura do Papa.
O privilégio do branco é, por isso, um símbolo de honra e reconhecimento de uma ligação histórica à Igreja Católica.
Apesar de não ser codificado em documentos oficiais, este protocolo tem sido respeitado ao longo das décadas, mantendo-se como um sinal de continuidade entre a tradição e a diplomacia moderna.
Um gesto que comunica mais do que palavras
Quando uma rainha surge vestida de branco diante do Papa, está a afirmar publicamente a continuidade dos laços entre a sua casa real e o Vaticano.
Para além disso, transmite-se uma mensagem de fidelidade e respeito à doutrina católica.
O gesto é, por isso, tanto cerimonial como político, ainda que envolto em simbolismo.
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