Organizar uma festa memorável ou impressionar clientes com um evento fora do comum pode agora passar por uma solução invulgar: alugar um país inteiro. O principado de Liechtenstein, um dos menores países da Europa, permite ser alugado por empresas ou particulares a partir de 70.000 euros por noite. Esta iniciativa é promovida como uma experiência única, e transforma o conceito de país alugado numa proposta concreta.
Personalização ao detalhe
A proposta inclui muito mais do que o aluguer de espaço geográfico. Os interessados podem contar com sinais de trânsito personalizados, moeda temporária criada para a ocasião e outros detalhes à medida. Apesar disso, os cerca de 35.000 habitantes permanecem no local, o que significa que o aluguer não é exclusivo no sentido literal, mas sim simbólico e logístico.
Hospedagem e atividades incluídas
O pacote-base cobre alojamento para até 150 pessoas, bem como um conjunto de experiências preparadas para os visitantes. Entre as opções disponíveis estão degustações de vinho na propriedade do chefe de Estado, o príncipe Hans-Adam II, passeios de trenó puxado por cavalos, esqui de fundo, snowboard, caminhadas com raquetes de neve e até procissões medievais feitas por encomenda.
Receção oficial e extras
À chegada, os visitantes são recebidos com a entrega simbólica da chave do estado, numa cerimónia que marca o início da experiência. A organização do evento está a cargo da empresa Rent a Village by Xnet, sediada no Liechtenstein.
Um projeto com ambição turística
O país, mais conhecido como paraíso fiscal e exportador de próteses dentárias, decidiu apostar numa nova vertente de marketing territorial. Esta mudança surgiu depois de o rapper Snoop Dogg ter tentado, sem sucesso, alugar Liechtenstein para a gravação de um videoclipe. Desde então, as autoridades começaram a explorar o potencial turístico e promocional da sua paisagem alpina.
O aluguer do país inclui acesso a zonas naturais montanhosas e diversas atividades ao ar livre. Embora o custo base seja de 70.000 euros por noite, há elementos adicionais que podem ser contratados, como logótipos feitos em cera ou eventos históricos personalizados, com preços definidos caso a caso.
O conceito de país alugado, ainda que incomum, não é isolado. A empresa responsável também oferece aldeias na Áustria e na Suíça por cerca de 60.000 euros por noite, o que pode ser uma alternativa para quem procura uma experiência semelhante com menor dimensão.
Aluguer simbólico e legalidade
Importa referir que o aluguer de Liechtenstein não implica qualquer cedência legal ou política de soberania, explica o jornal The Guardian. Trata-se de um arrendamento simbólico, com serviços turísticos e de hospitalidade prestados num formato exclusivo. A iniciativa pretende posicionar o país como destino de eventos de luxo e diferenciar-se no setor do turismo de alto nível.
Embora o número de interessados não tenha sido divulgado, a proposta tem vindo a gerar curiosidade internacional. A possibilidade de organizar um evento num país alugado coloca Liechtenstein num segmento muito específico de ofertas para empresas e clientes particulares com grande capacidade financeira.
O programa de aluguer procura aliar exclusividade, cenário natural e cultura local numa experiência integrada. As atividades disponíveis e o nível de personalização podem ser ajustados de acordo com o perfil do cliente e os objetivos do evento.
Uma nova vertente de promoção territorial
Liechtenstein, ao abrir as portas para este tipo de oferta, tenta reposicionar-se como um destino de experiências únicas, indo além da imagem tradicional associada ao setor financeiro. O aluguer do país visa atrair um novo tipo de visitante, focado em eventos e vivências exclusivas.
Com a envolvência de empresas locais e da plataforma Airbnb, o projeto pretende oferecer segurança, legalidade e flexibilidade na organização dos eventos. A experiência de alugar um país inteiro poderá ser usada tanto para fins corporativos como privados.
Alternativas para orçamentos diferentes
Para quem considera o aluguer de um país demasiado dispendioso, existem alternativas semelhantes. A mesma empresa permite alugar aldeias em zonas alpinas de países como a Áustria ou Suíça. Estas opções incluem também personalização de ambiente e atividades, mantendo parte da exclusividade do conceito original.
O caso de Liechtenstein mostra que, mesmo países pequenos, podem reinventar a sua imagem e criar novas formas de dinamizar o turismo. Ao oferecer-se como um país alugado, abre espaço para um tipo de evento sem precedentes na Europa.
Leia também: Pode dar multa superior a 3.000€: se este animal construir ninhos na sua casa, não os destrua
















