Nem sempre é fácil escolher azeite no supermercado, mas há detalhes simples no rótulo que permitem confirmar em segundos se é realmente “virgem extra”. Sem provar, basta saber o que observar e onde olhar.
A categoria que faz a diferença
Entre todas as denominações, o azeite virgem extra é considerado o de maior qualidade. Para usar esta designação no rótulo, o produto tem de respeitar critérios legais bem definidos pela União Europeia (UE). É esta categoria que garante um perfil sensorial sem defeitos e um controlo rigoroso dos parâmetros químicos.
O valor da acidez
Um dos indicadores mais fiáveis é a acidez livre, expressa em ácido oleico. No caso do virgem extra, a lei estipula que não pode ultrapassar 0,8 %. Este valor está inscrito no regulamento europeu e distingue esta categoria das restantes, como o azeite virgem simples, que pode chegar aos 2 %.
Mais do que sabor
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a acidez não se sente no paladar. Trata-se de um dado químico que resulta da qualidade da azeitona e das condições de extração. Por isso, a simples leitura do rótulo é suficiente para perceber se o produto cumpre este limite.
Outro detalhe frequente nas embalagens é a expressão “extraído a frio”. Este termo só pode ser usado quando todo o processo decorre a temperaturas inferiores a 27 ºC, preservando melhor os aromas e os compostos benéficos. Embora não seja obrigatório para ser virgem extra, funciona como mais um sinal de qualidade.
Origem e certificações
A indicação da origem também ajuda a escolher. Pode ler-se “Portugal”, “UE”, “não UE” ou uma combinação destas opções. Quando aparece a menção DOP ou IGP, há uma garantia adicional de rastreabilidade e de cumprimento de regras específicas de produção.
Embalagem protetora
Um azeite de qualidade perde rapidamente as suas propriedades se for mal acondicionado. O vidro escuro ou a lata são as soluções mais indicadas, já que protegem da luz. Garrafas transparentes, apesar de mais apelativas, deixam o produto exposto e aceleram a degradação.
Como aplicar o teste rápido
Na prática, e de acordo com a Comissão Europeia na sua página “Olive oil“, o consumidor só precisa de confirmar três pontos em menos de 10 segundos: a categoria “virgem extra” no rótulo, a acidez igual ou inferior a 0,8 % e a presença de uma embalagem adequada. Se todos estes requisitos estiverem presentes, é quase certo que está a escolher bem.
Existem também sinais de alerta. Expressões vagas como “óleo composto”, ausência de indicação clara da categoria ou falta de origem definida são motivos para desconfiar. Nestes casos, a probabilidade de não estar perante um virgem extra é elevada.
O papel do preço
O preço pode dar pistas, mas não é um critério absoluto. Existem promoções de azeites de qualidade e, por outro lado, produtos caros que não cumprem todas as condições. O rótulo é sempre a ferramenta mais fiável para confirmar.
Importância do consumo informado
Saber ler os detalhes numa garrafa de azeite permite ao consumidor proteger-se de escolhas menos acertadas e valorizar os produtores que cumprem as normas. Além disso, ajuda a manter uma dieta mais equilibrada, já que o virgem extra conserva melhor os antioxidantes naturais.
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