No dia 9 de novembro de 1989, o mundo assistia à queda do Muro de Berlim ou Muro de Proteção Antifascista (Antifaschistischer Schutzwall). Os festejos contagiantes dos berlinenses ecoavam alegria, liberdade, esperança e mostravam ao mundo que “não existem muros capazes de separar os homens, mas que existem homens capazes de derrubar muros”.
O fim da Cortina de Ferro veio sarar feridas deixadas pela II Guerra Mundial, alterar a economia, a política e a sociedade e alimentar o sonho de uma Europa sem fronteiras.
Entretanto, muitas coisas mudaram e os muros e vedações de fronteiras têm aumentado drasticamente em todo o mundo, incluindo nas fronteiras externas da UE e no espaço UE/Schengen onde as fonteiras vedadas aumentaram de 315km, em 2014, para os atuais 2 048 km.
Embora os controlos nas fronteiras internas tenham sido abolidos no espaço Schengen e que a construção destas barreiras físicas levante questões quanto à sua compatibilidade com a legislação da UE, certo é que os estados-membros mantêm o direito de restabelecer controlos temporários em caso de ameaças graves à ordem pública ou à segurança interna.
Esperemos que esses controlos temporários não se tornem definitivos, é que o povo tem memória curta e já se passaram 33 anos desde a queda do Muro de Berlim…
Sobre este tema: Schengen e as fronteiras da UE.
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