A vila de Salir, localizada no interior do concelho de Loulé, começa as comemorações da Festa da Espiga na Quinta-feira da Ascensão, prolongando-se na próxima sexta-feira e no sábado.
“A espiga, ou apanha do Ramo da Espiga, que além da espiga de trigo é composto por ramo de oliveira, papoila e alecrim entre outras flores, celebra-se por tradição na Quinta-Feira da Ascensão e é o mote desde 1968 para uma festa muito genuína e que mostra a identidade de um povo, bem no interior algarvio, mais precisamente na vila de Salir”, explica a Junta de Freguesia de Salir em comunicado.
O programa que a Junta de Freguesia de Salir em colaboração com a Câmara Municipal de Loulé prepararam para receber os inúmeros visitantes que, certamente mais um ano, vão encher as ruas da vila, nomeadamente a Rua José Viegas Gregório, é recheado de muitas atrações e terá entrada livre.
Ao longo dos três dias de Festa da Espiga, haverá muita gastronomia, nas tasquinhas distribuídas ao longo do recinto, muito artesanato local e produtos regionais, mas também muita animação de rua com Filipe Romão, Luís Simenta e Diogo Ramos.
No início da manhã desta quinta-feira, feriado municipal no concelho de Loulé, o programa abriu com o Passeio Pedestre e de BTT, onde os participantes poderam inclusive apanhar e fazer o ramo da espiga, nos campos e trilhos por onde passearam.
No primeiro dia o cortejo etnográfico subiu a Rua José Viegas Gregório
Um dos destaques do primeiro dia foi para o histórico e interessante cortejo etnográfico que subiu a Rua José Viegas Gregório, pelas 16:00 e em frente à tribuna presidencial, foram declamados poemas de improviso para felicitar as entidades autárquicas por uma determinada obra ou então reclamar ou lembrar uma outra intervenção ou reparação que ainda se encontra por fazer.
O desfile marcou a origem desta festa e integrou mais de 20 tratores e para cima de 200 figurantes, onde cada galera apresentou-se superiormente decorada, representando sítios e lugares da freguesia de Salir, mas também inúmeras profissões que foram e
ainda são o suporte económico desta zona da Serra do Caldeirão, entre elas, a tiragem da cortiça, a monda do trigo, o vinho da Nave do Barão, a destilação da aguardente de medronho, entre outras artes.
De referir que este desfile voltará a ter lugar novamente no sábado, pelas 19:30. Além da representação etnográfica, haverá também lugar ao folclore com as danças e cantares dos grupos da freguesia, nomeadamente o Rancho Folclórico “As Mondadeiras das Barrosas” e o Grupo Etnográfico da Serra do Caldeirão – Cortelha.
Artista Zé Amaro, D-String Band, Jimmy P, Dj Wilson Honrado, The Gift, Allcante e Dj Sunlize animam a festa
Ao palco principal subiram na primeira noite, as sonoridades mais populares, com o Baile de Ruben Filipe e os ritmos “Country”, mais conhecidos na música Norte-Americana e Brasileira, com o conhecido artista Zé Amaro.
Na sexta-feira, haverá durante a tarde um convívio dedicado aos seniores e utentes das instituições deste território. Mas é à noite que o cartaz chama a atenção da juventude, com a atuação dos D-String Band, pelas 22:00, e às 23:30, haverá muito Reggae e Hip-Hop com Jimmy P, a fechar a animação deste segundo dia, sobe ao palco, pelas 01:00, uma das vozes mais conhecidas da Rádio em Portugal, mas que vem a Salir para passar música, o Dj Wilson Honrado.
Na tarde de sábado, o Parque Desportivo de Salir enche-se para acolher os mais novos, com a Festa das Espiguinhas, onde não faltará um Torneio de Futebol, bem como insufláveis, piscina, jogos tradicionais, pinturas faciais, trampolins e muita animação.
Neste dia, o palco principal irá receber pelas 23:30, a banda cabeça de cartaz e nacionalmente conhecida, The Gift, mas antes pelas 22:00, atuam os Allcante.
Para encerrar a edição de 2023 da Festa da Espiga, o “House Music” chegará ao recinto, pelas mãos do Dj Sunlize, a partir das 01:00.
O ano de 2023 marca a 56ª edição da Festa da Espiga, que surgiu em Salir em 1968, pela iniciativa do então presidente de Junta, José Viegas Gregório, evento que se assume hoje como um verdadeiro cartaz de promoção das tradições mais genuínas do interior algarvio, dando a conhecer os usos e costumes da Serra do Caldeirão.