Num mundo onde os pagamentos digitais são cada vez mais prevalentes, há quem prefira manter uma reserva de dinheiro físico em casa, para fazer face a imprevistos. Embora as tecnologias e métodos de pagamento evoluam, a segurança de ter algum dinheiro “debaixo do colchão” ainda seduz muitos.
O Banco de Espanha, numa recente orientação, esclareceu algumas dúvidas sobre esta prática. Não existe um limite legal para a quantidade de dinheiro que se pode guardar em casa, desde que a sua origem seja lícita e devidamente declarada às autoridades fiscais. No entanto, a instituição sublinha a importância de se ter uma reserva financeira adequada para emergências.
Quanto Dinheiro Guardar?
O valor recomendado deve ser suficiente para cobrir entre seis a 12 meses de despesas mensais fixas. Esta reserva pode ser crucial em situações de emergência, como uma avaria inesperada no automóvel, uma despesa médica não planeada ou até uma situação temporária de desemprego.
Por exemplo, se as suas despesas fixas mensais rondam os 1.000 euros, o ideal seria ter uma reserva entre 6.000 e 12.000 euros. Este montante pode garantir que, em caso de necessidade, não terá de recorrer a empréstimos ou outras soluções que possam gerar encargos adicionais.
Manter uma reserva de dinheiro em casa tem as suas vantagens. Para além da imediata acessibilidade, em caso de problemas no sistema bancário ou em situações de emergência, o dinheiro físico pode ser uma solução rápida e eficaz.
No entanto, há também um lado menos positivo. Com a inflação, o valor do dinheiro guardado em casa tende a diminuir ao longo do tempo. Isto significa que, mesmo que mantenha o mesmo montante em euros, o seu poder de compra poderá ser significativamente reduzido após alguns anos. Além disso, guardar grandes quantias em casa pode representar um risco de segurança, em caso de roubo ou perda.
Se por um lado, é reconfortante saber que se está preparado para imprevistos, por outro, é importante balancear essa segurança com a prudência financeira, como nos explica o Notícias ao Minuto. Manter uma reserva em casa é uma decisão pessoal, mas convém lembrar que, para além de ter dinheiro guardado, é igualmente essencial fazer um planeamento financeiro adequado, que inclua poupança e investimentos que possam crescer e proteger o valor do seu dinheiro contra a inflação.
O Banco de Espanha deixa, assim, o seu conselho: tenha sempre uma reserva financeira que lhe permita enfrentar as adversidades, mas pondere também as desvantagens de manter grandes quantias em casa. O equilíbrio entre segurança e rentabilidade deve ser sempre o objetivo.
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