Ao longo das últimas semanas muito se tem escrito na imprensa sobre a diferença de preço entre uma bilha de gás em Portugal e em Espanha. O que é certo é que quase metade das famílias portuguesas depende do gás de botija para o seu dia a dia e, em Portugal, o valor de uma bilha chega a ser o dobro daquele que é praticado no país vizinho.
Quem vive perto da fronteira tem o hábito de ir a Espanha comprar botijas de gás, embora existam restrições à sua compra. É que uma fonte oficial da Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) avançou ao Polígrafo que “a única certeza é a de os particulares poderem transportar até duas garrafas de butano no seu carro para uso particular”, ainda que seja recomendada “particular cautela”.
O Estado espanhol regula o preço do gás de três em três meses
No entanto, aqueles que não vivem a uma curta distância de Espanha têm de comprar as suas bilhas de gás em Portugal. O preço é efetivamente mais elevado do que no país de “nuestros hermanos” por se aplicar uma maior carga fiscal em Portugal sobre o gás de botija, mas o que determina a grande diferença de preços entre as bilhas nos dois países é o facto de o preço do gás ser regulado pelo Estado espanhol a cada três meses.
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Mesmo sujeito a ter de comprar o seu gás de botija em Portugal por causa da sua localização geográfica, existe uma forma de poupar na hora de comprar a sua bilha. Isto porque na primeira vez que for comprar uma bilha de gás, para além de ter de pagar pelo gás, terá também de pagar um determinado valor pela botija. A esse valor adicional dá-se o nome de caução da garrafa de gás.
Devolva a bilha de gás usada para poupar
O valor da caução da garrafa de gás pode ser recuperado caso leve a sua bilha vazia, no momento em que for comprar uma nova. O valor da caução da garrafa de gás varia em função da dimensão da mesma e a Repsol sublinha que esta “funciona como um incentivo para que os consumidores devolvam a botija de gás usada (vazia), garantindo o devido reaproveitamento da mesma e, contribuindo, assim, para a economia circular”.
Caso não devolva a bilha usada quando for comprar uma nova, terá mesmo de pagar uma vez mais a caução, o que se traduz num maior investimento na hora de adquirir a sua botija.
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