Muitos portugueses mantêm avultadas quantias em contas à ordem que rendem pouco ou nada, perdendo oportunidades de rentabilização. Para aqueles que optam por depósitos a prazo como solução de poupança, a forma como os juros são geridos pode ter um impacto significativo no crescimento do capital ao longo do tempo.
Juros compostos
O conceito de juros compostos pode ser determinante para aumentar os rendimentos acumulados. Em termos simples, consiste na capitalização dos juros, permitindo que os montantes recebidos sejam reinvestidos e gerem novos rendimentos.
Tal como uma árvore que cresce e dá frutos, que por sua vez geram novas árvores, os juros compostos criam um efeito cumulativo que potencia o crescimento da poupança.
Na prática, muitos depositantes optam por receber os juros anualmente na conta à ordem, gastando-os em despesas correntes.
No entanto, ao reinvestirem os juros num novo depósito, o montante inicial cresce e os juros futuros passam a incidir sobre um capital maior, aumentando progressivamente os rendimentos.
O impacto dos juros compostos
Para ilustrar a diferença entre capitalizar ou não os juros, pode-se considerar um depósito de 10.000 euros com uma taxa de 4% ao ano.
Se os juros forem simplesmente retirados da conta, ao fim de 25 anos, o capital acumulado será substancialmente inferior ao que se conseguiria com a reinvestimento anual dos rendimentos.
Num exemplo alternativo, um investimento mensal de 50 euros num fundo PPR com um retorno médio de 6% ao longo de 40 anos poderá resultar numa poupança final de 110 mil euros, com um investimento real de apenas 25 mil euros.
Se aplicado num ETF baseado no índice S&P 500, que tem historicamente rendido cerca de 10% ao ano, o montante final poderia atingir os 370 mil euros, demonstrando o poder da capitalização dos juros.
A gestão eficiente das poupanças e o conhecimento das opções disponíveis são fundamentais para maximizar o retorno financeiro.
A adoção de estratégias que permitam aproveitar os juros compostos pode representar uma diferença significativa a longo prazo em depósitos a prazo, como explica a SIC Notícias.
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