- Por João Tavares
De modo a combater a falta de alojamento estudantil, as Pousadas da Juventude disponibilizam um total de 297 quartos (mais 9% do que no ano passado) a estudantes que frequentem o ensino superior. Ao todo, são 19 as Pousadas que se associam a esta iniciativa, entre as quais as unidades de Faro e Portimão.
Os valores variam entre os 220 e 300 euros, e dizem respeito a espaços que podem ser partilhados por mais do que uma pessoa. O valor inclui pequeno-almoço, internet wi-fi, limpeza diária, troca de roupa de cama e dos atoalhados semanalmente e a utilização da cozinha. Esta iniciativa teve o seu início em 2019.
Universidade do Algarve com 558 camas
Os Serviços de Ação Social da Universidade do Algarve disponibilizaram, este ano letivo, nove residências universitárias e um total de 558 camas. Estes espaços estão localizados em Faro, Gambelas e Portimão e destinam-se a estudantes de formação inicial e ainda a mestrados, tendo os bolseiros prioridade sobre os demais.
Um bolseiro paga mensalmente 84,08 euros, enquanto um estudante que não beneficie de bolsa terá de pagar 160 euros. Já o suplemento de quarto individual acresce 60 euros.
Estes espaços, e segundo o site da Universidade do Algarve, “dispõem de quartos, com roupa de cama e atoalhados, cozinha equipada, sala de convívio/estudo, televisão e acesso à internet. As residências têm ainda funcionárias dedicadas à manutenção e limpeza dos espaços comuns, que se encarregam igualmente do tratamento das roupas de cama e banho. Todas as residências dispõem de máquina de lavar roupa para utilização gratuita por parte dos residentes.
Já para os professores e investigadores (nacionais e estrangeiros), a Universidade do Algarve disponibiliza seis residências, com uma capacidade global de 56 camas.
Mais 15.000 camas até 2026
Até 2026, o Governo, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai efetuar o maior investimento de sempre em residências para estudantes do ensino superior. Ao todo, o governo vai disponibilizar 375 milhões de euros, o que permitirá a criação de 119 novos projetos que vão reforçar o alojamento estudantil em 50 concelhos e que correspondem, contando com novas construções e adequações e reabilitações, a mais 15.800 camas.
Números avançados por Elvira Fortunato, ministra da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, no prefácio escrito na página do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior. Segundo a governante, e em jeito de comparação entre os anos de 2021 e 2026, Portugal passará de 157 para 243 residências estudantis, e de 15.073 para 26.772 camas.
A ministra diz que o Governo mantém dois desígnios até 2030: que 6 em cada 10 jovens de 20 anos frequentem o ensino superior; e que 50 por cento da população entre os 30 e 34 anos de idade tenha o ensino superior concluído.
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