Saber como utilizar e como não utilizar o serviço de débito direto é cada vez mais importante uma vez que poderá fazer toda a diferença na busca pela sua estabilidade e controlo financeiro.
O débito direto, uma ferramenta financeira que se tornou omnipresente nas rotinas bancárias de muitos portugueses, é um tema de discussão cada vez mais relevante no cenário das finanças pessoais. Enquanto alguns o veem como um facilitador conveniente para pagamentos recorrentes, outros alertam para os perigos de uma confiança cega nesse sistema.
O débito direto é uma espada de dois gumes. Pode simplificar a gestão financeira, mas também pode ser uma armadilha se não for utilizado com precaução.
Um dos principais desafios ao lidar com débitos diretos é saber distinguir e analisar que pagamentos são adequados para esse método e que pagamentos podem representar um risco para a nossa estabilidade financeira. É importante fazer uma análise cuidada e precavida.
Entre os pagamentos considerados adequados para débito direto estão as despesas regulares de valor fixo, como mensalidades de serviços, seguros ou taxas fixas. Esses pagamentos seguem um padrão temporal previsível e têm valores consistentes, tornando-os adequados. São exemplos destes pagamentos, por exemplo, as mensalidades de ginásio, os seguros de vida ou as prestações de Internet.
No entanto, nem todos os pagamentos são igualmente adequados para débito direto. Pagamentos irregulares ou de valor variável podem representar um risco para a estabilidade financeira. Eles podem tornar mais difícil acompanhar e prever as despesas, o que pode levar a surpresas desagradáveis no extrato bancário. Entre estes pagamentos estão os jogos online, como também as despesas mensais como água, luz ou eletricidade, que apresentam valores variáveis.
Além disso, destaca-se a importância de manter um controlo ativo sobre as autorizações de débito direto. É crucial manter a lista de autorizações atualizada e estar atento a quaisquer alterações nas despesas. Cancelar autorizações para serviços não utilizados e monitorizar regularmente as transações bancárias são práticas essenciais para evitar cobranças indevidas.
É importante saber que, “caso detete um débito direto indevido feito por uma entidade que até tinha autorizado a aceder à conta, tem oito semanas para anular a transação e reaver o dinheiro. Se a cobrança tiver sido feita sem a sua autorização prévia, tem 13 meses para cancelar a operação e receber o dinheiro de volta. Neste caso, convém também falar com o seu banco para que a autorização indevida de acesso à sua conta não volte a repetir-se”, relembra o Ekonomista.
Em última análise, o débito direto pode ser uma ferramenta valiosa para simplificar os pagamentos recorrentes, desde que seja utilizado com prudência e diligência. Ao discernir cuidadosamente que pagamentos autorizar por débito direto e mantendo um controlo recorrente sobre as autorizações existentes, os consumidores podem desfrutar dos benefícios dessa conveniência sem cair nas potenciais armadilhas financeiras.
Leia também: Saiba quantos dias demora para receber o reembolso do IRS