O caso de um reformado britânico de 74 anos que se mudou para Espanha para passar os últimos anos de vida de forma tranquila está a chamar a atenção no Reino Unido. A situação mudou drasticamente e hoje, em vez de desfrutar da reforma, o casal depende de trabalhos ocasionais, incluindo limpezas, para pagar as despesas básicas.
Um plano de reforma antecipada
Alan Brozel decidiu reformar-se aos 50 anos, após uma longa carreira profissional, e mudar-se com a esposa Paulene para Gata de Gorgos, em Alicante.
A ideia, explica o jornal online Notícias Trabajo, era viver com a pensão mensal de cerca de 680 euros e os 175 mil euros que tinha conseguido poupar ao longo dos anos.
O casal acreditava que, com esse montante, poderia viajar, descansar e manter um nível de vida estável.
A decisão que mudou tudo
Pouco depois da mudança, decidiram investir todas os seus poupanças num plano de pensões oferecido pela empresa Continental Wealth Management, refere a mesma fonte.
Segundo Alan, a empresa prometeu investimentos de baixo risco, mas alterou as condições sem consentimento, falsificando assinaturas.
O resultado foi a perda total dos 175 mil euros, valor que representava todos os seus ativos financeiros.
Uma nova vida de trabalho inesperada
Sem as poupanças, o casal viu-se obrigado a procurar novas fontes de rendimento para sobreviver, noticia ainda o Notícias Trabajo.
Alan e Paulene começaram a aceitar trabalhos de limpezas, cuidados de animais e manutenção de casas de férias.
O objetivo agora é apenas garantir que conseguem pagar as contas e manter alguma estabilidade.
Um problema que afeta mais pessoas
Casos como o de Alan não são isolados, segundo noticiam vários meios de comunicação britânicos. Outro investidor, que preferiu não se identificar, perdeu mais de 200 mil euros ao confiar na mesma empresa.
O jornal online Notícias Trabajo diz ainda que a falta de aconselhamento financeiro adequado foi determinante para os prejuízos sofridos.
O impacto emocional da perda
Para Alan, o mais difícil não foi apenas a perda do dinheiro, mas a quebra de confiança nas instituições financeiras.
Alega que não recebeu a proteção necessária e que os interesses da empresa se sobrepuseram aos dos clientes.
A reforma tranquila que tinha planeado transformou-se numa vida marcada pelo trabalho diário e pela incerteza. O casal mantém esperança de recuperar parte do dinheiro, mas sabe que a possibilidade é remota.
Enquanto isso, a rotina mantém-se: tarefas domésticas, cuidados de animais e limpezas substituíram os planos de viagens e descanso.
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