Os Certificados de Aforro, um dos instrumentos de poupança mais populares entre os portugueses, estão oficialmente a entrar na era digital. Desde 29 de novembro, iniciou-se o processo de desmaterialização destes títulos, que passam agora a ser exclusivamente digitais. Esta mudança, promovida pelo IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, visa simplificar a gestão e aumentar a segurança para os aforristas.
O que muda com a desmaterialização?
A desmaterialização implica a conversão dos Certificados de Aforro das séries A, B, C e D para um formato exclusivamente digital, eliminando os tradicionais títulos físicos. Os certificados passam a estar registados numa conta digital, mantendo, no entanto, o valor e todas as condições contratuais previamente estabelecidas.
O IGCP assegura que este processo não terá qualquer custo para os aforristas. Segundo a entidade, a conversão está planeada para decorrer até 29 de novembro de 2029, garantindo aos titulares tempo suficiente para se adaptarem à nova realidade.
Mais segurança e acessibilidade
A transição para o formato digital é apresentada como uma forma de reforçar a segurança e a acessibilidade. Com os títulos digitais, elimina-se o risco de extravio ou deterioração física dos certificados, ao mesmo tempo que se facilita o acesso e a consulta dos mesmos através das plataformas digitais.
Além disso, a mudança está alinhada com as tendências globais de digitalização e modernização de instrumentos financeiros, promovendo maior eficiência e sustentabilidade.
O que devem fazer os aforristas?
Os detentores de Certificados de Aforro não precisam de tomar medidas imediatas, uma vez que o processo de conversão é automático e gratuito. No entanto, questões relacionadas com a desmaterialização podem ser dirigidas ao IGCP, através do email [email protected].
A eliminação da figura do movimentador, anteriormente responsável pela gestão dos certificados em nome de terceiros, também faz parte da transição, sendo as contas digitais agora diretamente geridas pelos titulares.
Continuidade e confiança
Apesar da mudança no formato, as condições comerciais dos Certificados de Aforro permanecem inalteráveis, o que inclui as taxas de juro em vigor e os prazos estabelecidos. O IGCP garante que a desmaterialização não altera os compromissos assumidos e pretende reforçar a confiança dos portugueses neste produto de poupança.
A digitalização dos Certificados de Aforro marca, assim, um novo capítulo na história deste instrumento, que continuará a desempenhar um papel central na poupança dos portugueses, agora com maior foco na modernização e no futuro.
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