Saber avaliar uma casa é um passo importante, especialmente se não é profissional do setor, para garantir que não faz um mau negócio. A localização, o estado de conservação e outros fatores podem influenciar muito o valor de uma casa. Mesmo que o mercado imobiliário tenha mudado significativamente ao longo dos anos, existem elementos que continuam a ser transversais na avaliação de qualquer imóvel. Saiba mais neste artigo.
A tipologia da casa é um dos aspetos fundamentais para determinar o valor de compra ou venda. Geralmente, quanto maior for o número de assoalhadas, maior será o preço do imóvel. Assim, desde os T0 aos T5 ou mais, este é o ponto de partida para avaliar o valor mínimo.
A área da casa é outro fator importante. Um T2 pode ter uma área menor que um T1 mais espaçoso, por exemplo. Imóveis com boas áreas, mesmo que tenham poucas divisões, tendem a ser mais valorizados no mercado.
A localização é, sem dúvida, um dos fatores mais determinantes no valor de um imóvel. A proximidade de transportes públicos, escolas, serviços e até o tipo de vizinhança podem influenciar significativamente o preço por metro quadrado. Além disso, questões como o ruído ou o ambiente envolvente também pesam nesta avaliação.
O ano de construção do edifício pode revelar muito sobre os materiais utilizados, o tipo de construção e o estado geral das infraestruturas, como canalizações e sistema elétrico. Contudo, ser um imóvel mais antigo não significa necessariamente desvalorização, sobretudo se já tiver sido remodelado com materiais de qualidade.
O estado atual do imóvel é essencial. Mesmo que a construção seja antiga, obras de requalificação podem melhorar o estado geral. Por outro lado, se o imóvel estiver muito degradado, o valor será reduzido, já que os custos de renovação influenciam a avaliação.
Os acabamentos de um imóvel, como os materiais utilizados ou o cuidado nos detalhes, fazem diferença. Materiais de primeira categoria e um trabalho bem executado são sinais de qualidade e aumentam o valor da casa. Equipamentos adicionais como sistemas de domótica, estores elétricos, blackouts automáticos ou iluminação inteligente são sempre valorizados. Estes “extras” podem colocar o imóvel num patamar superior.
A luz natural é uma questão muitas vezes subestimada, mas faz uma grande diferença no dia a dia. Uma boa exposição solar reduz custos energéticos com aquecimento e é um fator muito apreciado por compradores. A eficiência energética de um imóvel também influencia o valor. Classificações como A+++ (muito eficiente) são mais valorizadas do que classes inferiores como D ou E. Consulte o certificado energético da casa para avaliar este aspeto, já que é obrigatório na compra e venda de imóveis.
Uma varanda, terraço ou jardim podem ser fatores decisivos na valorização de uma casa. Imóveis com espaço exterior tendem a ter maior procura e, consequentemente, um valor superior.
Antes de fechar negócio, visite o imóvel mais do que uma vez e, se necessário, leve um profissional consigo, recomenda o Ekonomista. Observe tudo com atenção: o estado das paredes, tetos, canalizações, sistema elétrico, madeiras, acabamentos e, no caso de casas térreas, o telhado. Como se costuma dizer, é melhor ser “picuinhas” nesta fase do que enfrentar surpresas desagradáveis depois da compra.
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