A plataforma de alojamento local Airbnb planeia encerrar a sua atividade na China, devido ao impacto dos confinamentos provocados pela pandemia de covid-19 e à força das empresas chinesas concorrentes, noticiaram esta segunda-feira os ‘media’ norte-americanos.
O canal CNBC, que cita duas fontes ligadas ao processo, refere que a empresa com sede em São Francisco, nos Estados Unidos, irá comunicar esta terça-feira, 24 de maio, a decisão aos funcionários na China e terminar com as ofertas de hospedagem na potência asiática no próximo verão.
O Airbnb começou a operar na China em 2016, mas o negócio tem representado cerca de 1% da receita da empresa nos últimos anos.
Estes números não têm melhorado devido ao aumento da concorrência local, mas também perante a frequente aplicação de restrições para controlo da pandemia de covid-19 naquele país.
A plataforma de alojamento local planeia encerrar as suas operações na China para se concentrar em oferecer acomodações para viajantes chineses que deixam o país, mantendo, desta forma, um escritório em Pequim com “centenas” de funcionários, adiantaram as fontes citadas pela CNBC.
Segundo os mais recentes resultados, o Airbnb perdeu 19 milhões de dólares (cerca de 17,7 milhões de euros) no primeiro trimestre do ano, um número consideravelmente menor que no mesmo período do ano passado e 10% inferior que no primeiro trimestre de 2019, antes de surgir a pandemia.
Por mercados, na América do Norte as reservas cresceram 55% até março, em comparação com 2019, sendo que na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) o aumento é de 20% e na América Latina de 65%. Na Ásia-Pacífico os números permaneceram abaixo dos níveis pré-pandemia.