O aeroporto internacional Gago Coutinho, em Faro, vai contar com 18 novas rotas e seis novos destinos no verão, operacionalizando um total de 81 ligações a 71 cidades, anunciou esta terça-feira a gestora aeroportuária portuguesa.
A empresa ANA Aeroportos de Portugal – Vinci Airports precisou, num comunicado, que as novas 18 rotas previstas para o verão em Faro incluem seis “destinos totalmente novos” e 12 vão reforçar “rotas existentes, mas agora operadas por mais companhias aéreas”.
Os voos a partir do aeroporto de Faro vão permitir “trazer mais rotas e conectividade” ao Algarve no período de maior afluxo turístico à região e “consolidar a oferta e a atividade turística regional e nacional”, considerou a gestora aeroportuária.
“Os principais países emissores para o aeroporto de Faro, Reino Unido, Irlanda, França, aumentam a sua oferta de lugares em comparação com o verão de 2019”, destacou a empresa, assinalando também que os novos voos vão contribuir para o “crescimento de mercados estratégicos”.
Noam reação ao anúncio da ANA, o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, disse à agência Lusa que este incremento de rotas é “fruto de um trabalho conjunto entre o Turismo do Algarve, a ANA Aeroportos e o Turismo de Portugal”, que já permitiu ao Algarve ter “a maior conectividade de sempre” durante “este inverno IATA” (sigla para International Air Transport Association, designação inglesa da Associação Internacional do Transporte Aéreo).
Este dado é “um sinal claro” da “confiança dos operadores turísticos e das companhias aéreas no destino Algarve” e mostra que “os turistas corresponderam com o maior número de passageiros desembarcados até à data neste período de outubro a fevereiro”, no aeroporto de Faro, considerou o presidente do Turismo do Algarve, sem precisar o número.
João Fernandes destacou a importância das novas 18 rotas anunciadas pela ANA para o período e abril a outubro
João Fernandes destacou a importância das novas 18 rotas anunciadas pela ANA para o período e abril a outubro, salientando que só os voos para os seis novos destinos – “Aarhus, na Dinamarca, Roma, em Itália, Estrasburgo, em França, Bilbau, em Espanha, e Jersey e Exeter, no Reino Unido” – que antes “não tinham ligações a Faro”, vão disponibilizar “quase mais 85.000 lugares” para Faro.
“Depois, no reforço das rotas existentes, que no fundo vêm reforçada a sua concorrência, porque há uma maior aposta de outros operadores aéreos, temos um aumento muito substancial de lugares disponíveis durante o verão IATA, que é de 250.000 lugares a mais do que em 2019, que foi o ano com a maior oferta de sempre”, acrescentou o presidente da RTA.
Quando questionado sobre as perspetivas de o Algarve superar os dados de 2019, que foi o melhor ano turístico de sempre na região, João Fernandes respondeu que há indicadores que apontam nesse sentido, com dados de “reservas não reembolsáveis” que são “superiores inclusivamente a 2019”, mas alertou que a conjuntura económica e geopolítica obriga a um “otimismo cauteloso”.
“O mundo está instável e, mesmo do ponto de vista da disponibilidade para o consumo, há maiores reticências nos gastos em lazer dado o aumento dos preços generalizados, provocados por uma inflação que desgasta naturalmente a capacidade aquisitiva das famílias na Europa, que são os nossos principais mercados emissores” de turistas, justificou.
Por isso, João Fernandes considera que estão “os ingredientes alinhados para que haja um bom ano” turístico em 2023, mas é necessário “acompanhar a par e passo” a evolução da situação internacional para os promotores turísticos “não serem apanhados de surpresa por qualquer percalço”.