Nem todos os clubes que fizeram parte do primeiro anúncio da Superliga europeia desistiram da ideia após verem a reação negativa por parte dos adeptos. Há três que continuam a apostar no projeto e não desistiram de o tornar realidade. São eles os espanhóis Real Madrid e Barcelona e a Juventus, de Itália.
Mas esta quinta-feira as coisas complicaram-se um pouco para as aspirações dos três clubes europeus, uma vez que o tribunal de Madrid ditou o fim das medidas cautelares pedidas pela Superliga, fazendo com que a UEFA seja agora livre para sancionar qualquer um dos três clubes.
A decisão foi anunciada pela juíza Sofía Gil García, que recordou também que a Superliga pode recorrer deste resultado nos próximos 20 dias.
“Não há a menor prova de que a ameaça e a imposição de sanções aos três clubes existentes implique a impossibilidade de executar o projeto, cujo financiamento é independente”, afirmou a juíza, em oposição ao argumento levantado pelos queixosos de que estas sanções poderiam impedir a execução do projeto.
Além disso, a juíza assegura que “o mérito desportivo e a igualdade de oportunidades devem ser garantidos, o que poderia ser comprometido pelas desigualdades económicas óbvias entre os participantes”. Gil García sublinhou ainda que “os enormes interesses económicos que os jogos de futebol proporcionam aos clubes, jogadores e gestores representam um risco óbvio para a manutenção e defesa dos princípios básicos de qualquer desporto” e que é “necessário preservá-los a fim de evitar que o referido interesse económico prevaleça sobre todos eles”.
Essa decisão surgiu depois de tanto a UEFA como a FIFA terem advertido que iriam impor sanções aos clubes e jogadores que competissem nesta nova liga, que seria criada como rival da estabelecida Liga dos Campeões da UEFA.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL