Os velejadores portugueses Pedro e Diogo Costa prometeram “trabalhar arduamente” para ter uma boa prestação nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, depois de assegurarem hoje a presença de Portugal no torneio olímpico de vela na classe 470.
A dupla portuguesa conquistou a última vaga europeia para o Japão na primeira de duas regatas no último dia da prova do Campeonato do Mundo da especialidad, a decorrer em Vilamoura, com uma vantagem substancial sobre as equipas da Suíça e da Hungria, os adversários mais próximos.
“Não foi preciso esperar até ao fim para nos qualificarmos, porque fizemos boas regatas ao longo do campeonato e, agora, foi o culminar desse trabalho e dos bons resultados”, disse à Lusa Pedro Costa.
Para o velejador português, “o foco está agora colocado na preparação” para o torneio olímpico, cujo trabalho “vai passar por uma planificação, com a ajuda da federação, para alcançar a melhor prestação possível”.
“A nossa prioridade vai ser a de preparar a participação nos Jogos Olímpicos o melhor que pudermos”, assegurou.
Por seu turno, Diogo Costa disse à Lusa que a qualificação olímpica “foi difícil, com adversários muito fortes, mas o muito empenho e trabalho acabaram por dar frutos”.
“Desde que começámos o projeto 470 sabíamos que ia ser complicado. Mas sempre tivemos este objetivo e nunca tirámos os olhos dele. Este ano, mais do que nunca, trabalhámos bem e muito e foi simplesmente bom ver esse trabalho dar frutos”, referiu.
De acordo com Diogo Costa, a expectativa da participação nos Jogos Olímpicos “é muito grande, porque, quando se fala em torneios olímpicos, é tudo grande”.
“Acho que vai ser uma sensação espetacular, por muito que sejam uns Jogos diferentes em relação ao que se esperava [devido à pandemia de covid-19], acho que vai ser espetacular e um campeonato único”, perspetivou.
A dupla portuguesa diz que a sua participação no torneio do Japão “passa por fazer o melhor para representar dignamente o país”.
“São os nossos primeiros jogos, não somos tão experientes como outros países, mas sabemos que vamos trabalhar muito para fazer o nosso melhor para desfrutar e representar Portugal da melhor forma possível”, destacou Diogo Costa.
O velejador português acrescentou que a qualificação olímpica “resultou de uma boa prestação no Campeonato do Mundo, em Vilamoura, devido ao trabalho desenvolvido ao longo de um ano, permitido pela anulação de provas devido à pandemia”.
“A pandemia teve efeitos contraditórios, mas beneficiou a nossa preparação. No ano passado não estávamos tão bem preparados como agora e, no fundo, permitiu-nos fazer um ano de treinos intensivos com parceiros, como os velejadores espanhóis, suecos, russos e alemães. Nesse sentido, deu-nos mais tempo para trabalhar com mais qualidade”, concluiu.