O selecionador português de futebol de sub-21, Rui Jorge, disse hoje que não adianta pensar nos Países Baixos se Portugal não vencer no domingo o Chipre, em jogo do grupo 7 de qualificação para o Europeu de 2021.
Em caso de vitória frente a Chipre, a seleção garante o apuramento para o Europeu, mas a ambição do grupo passa ainda por discutir com aos invictos Países Baixos, que impuseram a Portugal a única derrota (4-2), o primeiro lugar do grupo, no derradeiro encontro.
“Para chegar a esse jogo [último da qualificação} com essa possibilidade temos que ganhar este. Não adianta estar a pensar nos Países Baixos se não ganharmos este jogo. E para chegar ao jogo em condições de discutir a liderança, tempos que vencer amanhã [domingo]”, disse Rui Jorge.
O selecionador espera uma equipa cipriota “a atuar em bloco baixo”, o que “não invalida que consiga criar problemas a Portugal”, que irá “procurar ter o controlo territorial no meio campo do adversário, mas precavido para o contra-ataque”.
“Acredito que teremos o controlo do jogo. A mentalidade da equipa é sempre a de ir à procura do melhor resultado e nós marcámos sempre em todos os jogos que realizámos”, acrescentou.
Rui Jorge adiantou que a seleção portuguesa “gosta de atacar, gosta de ir à procura do resultado, pois é algo que está na sua forma de pensar e vai fazer o que tem feito desde o início da qualificação, que é procurar a vitoria desde o primeiro minuto”.
Portugal venceu no Chipre por 4-0, em setembro, mas Rui Jorge está precavido que no domingo pode surgir “uma seleção diferente” e considerou ainda que a forma como o jogo decorrer poderá estar ligada a outros detalhes, como o estado do relvado.
“A maior ou menor facilidade, ou dificuldades, depende de como o jogo começar, marcar cedo ou não, o estado do terreno. Contra a Bielorrússia [3-0] tivemos o jogo mais bem conseguido desta qualificação e inerente a isso esteve a qualidade do relvado”, explicou.
Rui Jorge elogiou a “qualidade, o companheirismo e a concentração” do grupo que lidera e considerou ainda a presença na fase final do Europeu, a realizar na Hungria e na Eslovénia, “um momento bonito de se viver, pela envolvência e pelo lote restrito das equipas que conseguem lá chegar”.
A seleção portuguesa, em caso de vitória sobre Chipre, assegura, pelo menos, um dos cinco melhores segundos lugares da fase de qualificação e a presença entre os 16 finalistas, embora vá ainda discutir a vitória no grupo com a Holanda.
“Só lá chegam as melhores [seleções]. É um momento bom de se viver desportivamente. Sabemos que este ano foi vivido à margem do que é a normalidade, por causa da ausência do público [devido à pandemia de covid-19], mas queremos lá estar”, disse Rui Jorge.