O futebolista internacional português Cristiano Ronaldo garantiu este domingo que foi sempre “mais um a lutar pelo objetivo de todos” no Mundial2022 e assegurou que jamais viraria as costas aos companheiros e ao país
“Infelizmente, ontem [no sábado] o sonho acabou. Não vale a pena reagir a quente. Quero apenas que todos saibam que muito se disse, muito se escreveu, muito se especulou, mas a minha dedicação a Portugal não mudou nem por instante. Fui sempre mais um a lutar pelo objetivo de todos e jamais viraria as costas aos meus companheiros e ao meu país”, escreveu Ronaldo, nas redes sociais.
Um dia depois da derrota com Marrocos, que afastou Portugal das meias-finais do Campeonato do Mundo, o capitão de seleção assumiu que “ganhar um Mundial por Portugal era o maior e mais ambicioso sonho” da carreira, acrescentando: “Felizmente ganhei muitos títulos de dimensão internacional, inclusive por Portugal, mas colocar o nome do nosso país no patamar mais alto do mundo era o meu maior sonho”.
Ronaldo, que no sábado saiu em lágrimas do relvado do Estádio Al Thumana após eliminação lusa, garantiu que sempre lutou pelo sonho de ser campeão mundial, e lembrou o apoio que sentiu dos adeptos portugueses.
“Lutei muito por esse sonho. Nas cinco presenças que marquei em Mundiais ao longo de 16 anos, sempre ao lado de grandes jogadores e apoiado por milhões de portugueses, dei tudo de mim. Deixei tudo em campo. Nunca virei a cara à luta e nunca desisti desse sonho”, afirmou o jogador, que no sábado entrou em campo as 51 minutos, para o lugar de Ruben Neves.
Sem clube, depois de ter protagonizado uma saída conturbada dos ingleses do Manchester United, o avançado terminou a publicação com agradecimentos a Portugal e ao Qatar, manifestando a esperança de que “o tempo seja bom conselheiro e permita que cada um tire as suas conclusões”.
No Qatar, Ronaldo tornou-se no primeiro jogador da história a marcar em cinco Mundiais, depois de ter marcado na vitória por 3-2 frente ao Gana, mas não conseguiu superar Eusébio, o melhor marcador luso na competição, que apontou nove tentos nos seis jogos de 1966.
Ronaldo, cujas lágrimas estão hoje em destaque na imprensa internacional, foi protagonista de várias polémicas durante o Mundial, que termina no dia 18.
Depois de ter sido titular nos três encontros da fase de grupos, nos quais foi sempre substituído, Ronaldo, de 37 anos, ficou fora do ‘onze’ da seleção para o embate dos oitavos de final, com a Suíça, que Portugal venceu por 6-1, algo inédito, num jogo a ‘contar’ de uma grande competição, desde 2004.
Na antevisão do encontro com Marrocos, o selecionador português de futebol, Fernando Santos, admitiu que Cristiano Ronaldo ficou insatisfeito quando soube que seria suplente frente à Suíça, mas negou que o avançado tenha manifestado vontade de abandonar a concentração lusa no Mundial2022.
Antes, Fernando Santos confessou que não gostou “mesmo nada” do desabafo de Cristiano Ronaldo quando foi substituído por André Silva (65) no jogo com a Coreia do Sul, que Portugal perdeu por 2-1, mas assegurou que o assunto estava resolvido.
As imagens televisivas mostram que quando saiu de campo frente aos coreanos, o capitão luso disse “estás com uma pressa para me tirar do campo”, dirigindo-se, claramente, ao banco da seleção.