Domingo, dia 4 de setembro, a bola começa a rolar no Estádio Municipal de Portimão, quando os ponteiros do relógio indicarem as 20h30. O Portimonense recebe o Famalicão, na jornada 5 da Primeira Liga. O clube da casa apresenta, à mesa, as populares “Sardinhas grelhadas”. Já os visitantes contra-atacam com os tradicionais “Rojões à minhota” na luta pelo Prato Forte da Jornada.
Portimonense Sporting Clube – “Sardinhas grelhadas”
“Quase toda a gente comete o mesmo erro, de pedir sardinha assada, quando, na verdade, a sardinha é grelhada”, alerta Zeca Pinota, proprietário da Taberna da Maré, em Portimão, estabelecimento que gere desde 1987. E, de facto, para ser servida, a sardinha vai à grelha, por cima da brasa, e não para o forno, onde ai sim, assaria. Eslarecimentos feitos, a dose das populares “Sardinhas grelhadas” (€12,50) é composta por seis exemplares, que à mes são acompanhados com batatas cozidas temperadas com azeite e uma salada montanheira. Mas, avisa Zeca Pinota, “manda a tradição que seja comida à mão, sobre uma generosa fatia de pão algarvio”.
O adepto do Portimonense garante ainda ser este um prato simples e que o “segredo está na compra”. É preciso que as sardinhas tenham a “pele muito brilhante e sem descoloração”, que deixem um “cheiro a algas” e que a “carne seja firme e elástica”. Atente ainda, recomenda Zeca Pinota, aos olhos do peixe que “têm de estar salientes, com córnea transparente e pupila negra e circular”. A “Salada à montanheira” é a forma de aproximar o mar da serra algarvia. É uma espécie de gaspacho, mas com pouco caldo, com cubinhos de tomate, pimento e pepino. Recorde-se que Portimão é a capital da sardinha em Portugal. O Festival da Sardinha, que decorreu este ano, teve 110 mil visitantes que consumiram mais de três toneladas de tão apreciado peixe. Na Taberna da Maré (Largo da Barca, 9, Portimão. Tel. 282414614), todos os verões, são assadas às centenas.
Futebol Clube de Famalicão – “Rojões à minhota”
Foi a 8 de maio de 1957 que abriu as portas, pela primeira vez, o restaurante Casa Pêga, em Vila Nova de Famalicão, com o objetivo de servir boa comida minhota. O espaço, lê-se na descrição das redes sociais, é “rústico e simples, sem pretensões que não sejam as de servir fartos e bons pratos típicos”. Emília Ferreira é a timoneira deste espaço, completamente familiar, onde trabalham cinco irmãs e dois irmãos, repartidos pela sala e pela cozinha. E de lá que saem os “Rojões à minhota” (€24), símbolo máximo da cozinha típica que ali se pratica. Carne de porco aos cubos, tripa farinheira, fígado, sangue e redanho, noutras zonas conhecido como torresmo, são os principais ingredientes desta receita tradicional.
Para estarem prontos para o almoço, os ingredientes começam a ser cozinhados às 7h30, sempre sobre o olhar atento das cozinheiras. O prato acompanha com batatas fritas em cubos e com grelos, se os dias estiverem frios. Com o calor, os rojões são servidos com salada de tomate coração de boi ou com feijão verde. O segredo do sucesso é simples, garante Emília Ferreira: “Os ingredientes são do melhor que se consegue arranjar, vindos de produtores locais que trabalham connosco há décadas”. No restaurante Casa Pêga (Rua 8 de Dezembro, 2316, Vila Nova de Famalicão. Tel. 252374175) recomenda-se vinho verde branco ou maduro, de produção própria, para a acompanhar a refeição e puxar pela vitória do Famalicão.
O Prato Forte da Jornada é uma iniciativa Boa Cama Boa Mesa, com o apoio da Betclic, que ao longo de toda a temporada vai dar colocar em confronto as receitas tradicionais da região dos clubes que disputam a Primeira Liga de Futebol. Para a semana, saiba que pratos fortes vão estar em jogo em representação do Marítimo e do Gil Vicente.
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